A executiva estadual do Podemos foi surpreendida nesta quarta-feira, 16, com a divulgação de uma nota pública do pré-candidato do partido em Colinas do Tocantins, Gilmar Carneiro, em que anuncia desistir da aliança com o Partido dos Trabalhadores (PT) para lançar um projeto de chapa pura. Os petistas tinham indicado o vereador Marceli Rodrigues como vice.
Obrigado, mas não
Na nota, Gilmar Carneiro não deixa claro as razões da decisão, apenas sugere que a motivação seria a ânsia do eleitorado por algo novo. “Desde já agradecendo ao Partido dos Trabalhadores pela deferência, optamos por seguir sem coligação”, comunica o empresário e produtor rural no último dia para a realização de convenções partidárias.
Precipitações inadequadas não levam a nada
A nota pública gerou reação imediata do presidente do Podemos do Tocantins e prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas. “Radicalismo que rompe pontes e vai contra os nossos princípios. Respeitamos as decisões locais, não fazemos intervenções, aqui não tem dono. No entanto, a política se faz com construção e diálogo. Rompantes e precipitações inadequadas não levam a nada”, disparou em material enviado à imprensa.
Chuta quem ajudou a construir candidatura
Ronaldo Dimas segue com as críticas à postura de Gilmar Carneiro e sugere ingratidão do correligionário, já que os petistas foram os principais simpatizantes do projeto. “O Podemos tinha um planejamento para a cidade. O PT, que inclusive foi um dos principais incentivadores da candidatura de Gilmar Carneiro, faria parte da aliança, junto com outros partidos. O que aconteceu na cidade não está certo. Primeiro, Gilmar Carneiro anuncia a coligação, com chapa fechada. No último dia, ele chuta quem ajudou a construir sua candidatura. Desse jeito, o Podemos cria inimigos e não adversários”, acrescenta.
Intervenção pode acontecer
Diante do episódio surpreendente, o Podemos do Tocantins optou por editar uma normativa para estabelecer que em Colinas “qualquer decisão de composição de chapa própria ou coligação somente poderá ser levada para registro eleitoral ou terá validade ou não após apreciação da executiva estadual”.
Confira abaixo os documentos: