O vereador Carlos Amastha (PSB) discursou pela primeira vez na Câmara de Palmas após deixar a Secretaria da Zeladoria Urbana do governo Eduardo Siqueira Campos (Podemos). O parlamentar defendeu nesta quinta-feira, 7, o trabalho que realizou à frente da pasta, mas relata ter encontrado problemas na gestão. O pessebista também criticou a movimentação para tirá-lo da liderança do bloco da maioria, mas pontua não fazer questão de manter a vaga. Além disto, a Lototins voltou a ser alvo de críticas.
UMA CAÇA
Ainda à frente do bloco, Carlos Amastha fez questão de utilizar os cinco minutos extras da liderança para criticar o movimento do Paço para tirá-lo da função. “Olha o tamanho do que tentam fazer com esta caça, né? Eu não sou líder do governo, é o vereador Walter Viana [PRD]. Eu sou líder do bloco majoritário e esta escolha não passa pelo prefeito de Palmas, é uma escolha nossa, dos vereadores”, avaliou o vereador.
QUEM SOU EU PARA IMPEDIR MUDANÇA NA LIDERANÇA
Apesar disto, Carlos Amastha admite não ter sido um bom líder e se disse “traumatizado” desde o primeiro dia no cargo desde uma suposta pressão de Folha Filho (PSDB) na montagem das comissões. Assim, o pessebista deixou a função à disposição. “Obviamente, desde já, se o vereador Waldson [da Agesp, PSDB] faz questão, quem sou eu para impedir que assuma essa liderança do bloco da maioria. Fique absolutamente à vontade”, afirmou.
BOA ACEITAÇÃO DO PREFEITO PASSA PELO TRABALHO DA ZELADORIA
Sobre o período na gestão, Carlos Amastha agradeceu Eduardo Siqueira Campos pela indicação à Zeladoria e ao vice, Carlos Velozo (Agir), por ter cumprido o compromisso firmado. “Intensificamos muito mais os trabalhos. A gente se reuniu com todos os presidentes de associações desta cidade. Sem dúvida, grande parte da boa aceitação que nosso prefeito tem deve-se ao trabalho que fizemos”, afirmou o vereador, mencionando o seu antecessor na pasta, Marcílio Ávila.
COISAS BOAS, RUINS E MUITO RUINS
Carlos Amastha ainda fez uma reflexão da mudança de postura na Câmara e relata ter identificado problemas no governo municipal. “Vem estes novos desafios pela frente, vamos ver como vai ser. Mas posso garantir uma coisa, estes 30 dias lá na secretaria me dão uma visão completamente diferente. Uma coisa é no legislativo, outra coisa é lá. Lá vi coisas boas, ruins e muito ruins. A diferença de posicionamento é que, obviamente, se é situação, tenta resolver tudo através do diálogo com a gestão; quando oposição, usa-se a Tribuna para estes posicionamentos”, defendeu.
TIGRINHO FOI EMBORA, MAS SEGUEM GIRAFAS, LEÕES E RATINHOS
Por fim, Carlos Amastha condenou a Lototins por atender pela metade a determinação do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) sobre o chamado “Jogo do Tigrinho”, isto porque as demais plataformas de apostas de quota-fixa seguem disponíveis no site, sendo dois deles, inclusive, são da mesma desenvolvedora do original, a PG Soft. A CCT indicou esta manutenção ainda em julho, quando a empresa anunciou o cumprimento desta exigência do chefe do Poder Executivo. “Deu ordem que tirassem o tigrinho. Tiraram e deixaram toda a outra bicharada, com certeza iludindo a boa-fé do governador e a ordem expressa. Não tem mais tigrinho, mas tem girafa, tem leãozinho, tem ratinho, tem viadinho, tem de tudo. Isto não pode continuar acontecendo, isto não alimenta a economia de nenhuma cidade, estado ou País”, lamentou.
Confira a íntegra do discurso: