A Record promoveu nesta terça-feira, 22, o primeiro debate entre os candidatos da eleição suplementar do dia 3 de junho, e dos sete postulantes ao Palácio Araguaia, apenas três participaram: a senadora Kátia Abreu (PDT), o procurador da República licenciado Mário Lúcio Avelar (Psol) e o advogado Márlon Reis (Rede). Entre outros temas, destaque para os discursos de combate à corrupção.
Kátia Abreu foi questionada por Márlon Reis sobre o tema. “Eu tenho a convicção de que o combate à corrupção é muito mais uma atitude, um comportamento um princípio e não uma bandeira que você pendura e anda para todo lado. O comportamento, a atitude dura, firme em todos as áreas e vigilância constantes, através de auditorias é que realmente podemos conseguir extirpada a corrupção não só do Tocantins, mas em todo o Brasil”, comentou a senadora.
Já na área da educação, a candidata falou que pretende atrelar a educação básica com o ensino superior. “Não quero uma educação picada, a alfabetização com a prefeitura, o ensino médio com o Estado e o superior com a União. Queremos uma educação entrelaçada para que possamos levar para educação básica a ciência, inovação e a tecnologia como ponto importante na formação das nossas crianças e dos nossos jovens do Tocantins”, propôs Kátia Abreu.
Sobre desenvolvimento econômico, Kátia defendeu a revisão do código tributário e uma política fiscal atraente que proporcione segurança jurídica aos investidores. “Se Deus permitir que seja eleita no primeiro dia de governo vou acabar com a complementação de alíquota. Esse imposto só existe no Tocantins e no Rio Grande Sul e está matando nossas micro empresas e acabando com nossos empregos. Precisamos estabelecer regras, oferecer segurança jurídica aos investidores para industrializar o Tocantins”, afirmou.
Povo dentro do governo
Um dos idealizadores da Lei Ficha Limpa, Márlon Reis reforçou o compromisso de mudar a realidade por meio do combate rigoroso contra a corrupção e a implantação de uma gestão eficiente no Estado. “Temos que trazer o povo para dentro do governo. Tudo é culpa da corrupção. Isso deve ser a primeira coisa deve ser feita. Não podemos permitir que isso continue”, defendeu o candidato da Rede Sustentabilidade.
Em outro ponto do debate, Márlon Reis foi questionado sobre a necessidade de se tomar medidas para reduzir a pobreza no Estado. “Nesses seis meses será possível fazer muito para combater a pobreza. Isso acontece com uma economia forte. Para isso, temos que melhorar a logística do Estado. A máquina foi erguida pela incompetência. Devemos fazer um novo Tocantins com foco na riqueza”, argumentou o advogado.
Márlon Reis falou ainda sobre o fortalecimento do trabalho da Universidade do Tocantins (Unitins), como instrumento de política inovação e pesquisa para o Estado. A segurança pública também foi abordada e o candidato do Rede se comprometeu em retomar o concurso público da Polícia Militar e ampliar o número de policiais civis e bombeiros. Nas considerações finais, o advogado se disse preparado.
Campanha é raiz do problema da corrupção
Durante o debate, Mário Lúcio afirmou que a população precisa ter consciência de que as campanhas caras são a raiz do problema de toda a corrupção. Para o procurador licenciado, é necessário dar um basta na corrupção para que sobre dinheiro para investir em áreas como a saúde, a segurança pública e a educação.
“Nunca haverá dinheiro suficiente para fazer o que tem que ser feito se não acabarmos de vez com a corrupção. Eu passei a minha vida profissional inteira investigando casos e esquemas de corrupção, enfrentando os poderosos, chegou a hora de acabar com a corrupção no Tocantins”, comentou Mário Lúcio Avelar, que chamou de “fujões” os candidatos que não compareceram ao debate. “Eles envergonham a democracia”, disparou.
Mário Lúcio também criticou o que considera ser um excesso de carga tributária no Estado. “Não há como os nossos empresários terem competitividade com uma carga tributária monstruosa dessas. É preciso repensar esse processo, sentar e discutir uma saída para que o nosso setor produtivo volte a crescer e a movimentar nossa economia”, afirmou.
O candidato do Psol também projetou destaque e autonomia à Universidade Estadual do Tocantins (Unitins). “É preciso que a gente invista na ciência e tecnologia. Que promova e ofereça cursos de mestrado e doutorado pela universidade, que possa capacitar as pessoas do nosso estado, investir em tecnologia. Somente assim conseguiremos nos desenvolver e vislumbrar novos horizontes para o estado”, frisou.
Avelar ainda garantiu que pretende investir na promoção de atividades que promovam mais esporte e lazer aos jovens tocantinenses. “É necessário que a nossa juventude seja vista e entendida pelo poder público. O esporte afasta os jovens do mundo do crime, das drogas. Vamos implantar políticas públicas para desenvolver essas atividades e oferecer novos caminhos e oportunidades aos nossos jovens”, anotou.
O debate da Record não contou com a presença de Carlos Amastha (PSB), Marcos Souza (PRTB), do governador interino Mauro Carlesse (PHS) e do senador Vicentinho Alves (PR). (Com informações das assessorias)