O Ministério da Defesa anunciou nesta terça-feira, 30, que os chefes da Marinha, almirante Ilques Barbosa Junior, do Exército, general Edson Pujol, e da Aeronáutica, tenente Antonio Carlos Bermudez, serão substituídos. A Folha de S.Paulo lembrou que esta é a primeira vez que isso ocorre e que todos reafirmaram que os militares não participarão de nenhuma aventura golpista, mas buscam uma saída de acomodação para a crise, a maior na área desde a demissão do então ministro do Exército, Sylvio Frota, em 1977 pelo presidente Ernesto Geisel.
“O Ministério da Defesa (MD) informa que os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica serão substituídos. A decisão foi comunicada em reunião realizada nesta terça-feira, 30, com presença do Ministro da Defesa nomeado, Braga Netto, do ex-ministro, Fernando Azevedo, e dos Comandantes das Forças”, publicou o órgão em curta nota.
As mudanças vem na esteira da pequena reforma ministerial realizada pelo presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira, 29, e que teve a alteração no próprio Ministério da Defesa, com a saída do general Fernando Azevedo e Silva para a entrada de Braga Netto.
Desde a noite dessa segunda, a mídia brasileira vinha publicando que os três chefes das Forças Armadas deveriam entregar seus cargos ainda nesta terça-feira. Os três, inclusive, estavam reunidos em Brasília durante toda a manhã.
Analistas apontam que as mudanças são uma forma de Bolsonaro tentar uma “aproximação e um controle maior” das Forças Armadas.
Até mesmo em seu texto de saída, Azevedo e Silva publicou que sempre buscou preservar a instituição como “instituições de Estado” e não de governo. (Com informações da Ansa)