Um tema discutido em Brasília pode cair como uma bomba sobre o Tocantins: a possibilidade de fusão entre DEM e PSL. Segundo a imprensa nacional, na tentativa de posicionar os partidos para as eleições presidenciais de 2022, dirigentes dos dois partidos avançaram nas negociações. A expectativa é que o anúncio da fusão seja feito já no dia 21 de setembro.
Maior bancada
O DEM, que conta com 28 deputados federais, calcula dobrar de tamanho caso se junte com os 53 parlamentares do PSL na Câmara, dos quais metade deve deixar o ex-partido do presidente Jair Bolsonaro na janela aberta com a união entre as legendas. De toda forma, a nova sigla ainda teria a maior bancada da Casa. Hoje, PSL e PT dividem esse posto, com 53 deputados federais cada um.
Velha disputa
Os impactos dessa fusão no Tocantins seriam enormes. Isso porque o governador Mauro Carlesse acabou de trocar o DEM, presidido no Estado pela deputada federal Dorinha Seabra Rezende, justamente pelo PSL. Os dois disputaram o comando regional do Democratas antes e logo após a filiação do governador em 2019.
As quase três décadas de casa, vários mandatos de deputada e uma atuação de destaque na Câmara garantiram à Dorinha a manutenção da presidência no Tocantins.
Novo round
Diante de uma fusão, a quem caberia o comando regional, uma vez que Carlesse é presidente do PSL no Estado?
Outra questão que surge: o governador é tido como pré-candidato a senador, ainda que negue, e Dorinha também está sendo assediada por líderes para disputar esse cargo.
Se houver a fusão, esse ingrediente tende a tornar a disputa entre Carlesse e Dorinha ainda mais picante.