A situação dos policiais penais no Tocantins foi abordada pelo deputado estadual Júnior Geo (PSDB) na sessão desta terça-feira, 25, da Assembleia Legislativa (Aleto). A categoria tem se mobilizado para cobrar uma série de reivindicações e deliberou a suspensão da realização dos plantões extraordinários como forma de pressão, mas viu o governo estadual conseguir uma liminar que determina o restabelecimento dos serviços. O caso foi tema de representação do sindicato da classe (Sindippen) ao Ministério Público do Trabalho (MPT).
MAIS DE 10 ANOS SEM CONCURSO
O deputado estadual saiu em defesa da categoria e concorda que há sobrecarga de trabalho aos profissionais e responsabiliza o Estado, que não abre certame para efetivação de novos servidores na área. “Nós temos mais de 10 anos sem concurso da Polícia Penal. O problema da ausência de efetivo é este. O policial tem uma carga horária específica que precisa que seja cumprida. Ele está com sobrecarga, colocando em risco a vida de todo mundo. Imagine ficar quantos dias a mais, quem sabe até dobrando a carga horária”, afirmou Júnior Geo, que questiona resultados da comissão instalada há um ano para analisar possibilidade de realização de novo concurso.
RESPONSABILIDADE É DO ESTADO
Júnior Geo entende que o governo deve se mobilizar para restabelecer o funcionalismo. O parlamentar afirma que o problema não é só na Polícia Penal, mas também na Civil, na Militar, no Corpo de Bombeiros e até na Educação. “Não podemos gerar sobrecarga por falta de efetivo, sendo que a responsabilidade de concurso é do próprio Estado. Não podemos colocar esta conta a ser paga pelo servidor”, argumenta.
IGEPREV
O deputado vê impactos até no Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev). “Exatamente em função da ausência de concurso e do excesso de contratos é que temos um problema sério no Igeprev, porque quem é contratado contribui pro INSS [Instituto Nacional do Seguro Social]. É questão de planejamento”, pontuou.
Confira o debate: