O pré-candidato a governador Ronaldo Dimas trocou o Podemos pelo Partido Liberal (PL), do presidente Jair Bolsonaro, no início da tarde desta quinta-feira, 31. Na verdade, trata-se de um retorno dele ao partido, pelo qual disputou, e venceu, as eleições da Prefeitura de Araguaína por duas vezes (2012 e 2016).
Dimas ainda foi presidente regional do partido logo após a morte do senador João Ribeiro, em dezembro de 2013. O comando foi dado a ele com apoio do Palácio Araguaia, na época sob a batuta do ex-governador Siqueira Campos. Filha de João Ribeiro, a deputada estadual Luana Ribeiro também queria a presidência do partido no Tocantins.
Depois, o então senador Vicentinho Alves acabou se tornando presidente do PL e anunciou a pré-candidatura de Dimas a governador para as eleições de 2018. Com a cassação de Marcelo Miranda (MDB), porém, Vicentinho decidiu disputar a eleição suplementar. Isso irritou o então prefeito de Araguaína, que se desfiliou do PL.
O encontro para filiação de Dimas nesta quinta contou com a presença do deputado federal Tiago Dimas (Podemos), do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e do senador Eduardo Gomes, líder do governo Bolsonaro no Congresso Nacional. “O nosso foco é montar uma ampla aliança eleitoral que nos dê condições de governabilidade e de parcerias político-administrativas para que possamos fazer uma transformação completa do Tocantins”, destacou Dimas, ao explicar a filiação.
Sacramenta aliança com Bolsonaro
A campanha do pré-candidato avalia que a filiação dele ao PL sacramenta sua aliança política com o presidente Jair Bolsonaro. “O governo federal, através da bancada federal, do líder e senador Eduardo Gomes, é quem vem garantindo os investimentos no Tocantins, as principais ações em prol da população e dotando os municípios de recursos”, defendeu Dimas.
Para ele, do jeito que o Estado está sendo administrado, “o retrocesso seria ainda maior sem o apoio da gestão liderada pelo presidente Bolsonaro”. “Nós temos que mudar esse quadro para mudar completamente o Tocantins a partir de janeiro do ano que vem”, afirmou o pré-candidato.
Montagem da aliança
Dimas avaliou que, com a etapa de filiações partidárias superada, o trabalho agora será na montagem da aliança que fortalecerá o grupo já em formação. “Ninguém governa, nem transforma nada sozinho. Nós temos líderes, um grupo de pessoas qualificadas no PL, no Podemos e em vários outros partidos. E com essas pessoas que vamos trabalhar”, destacou.
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que Dimas sempre será bem-vindo ao partido. “Ronaldo foi um grande prefeito de Araguaína, um grande deputado federal e vai ser um grande governador. Um político que consegue reunir o número de partidos que ele conseguiu, já tem a metade da campanha pronta”, frisou.