A Secretaria Nacional de Comunicação do Partido dos Trabalhadores (PT) confirmou ao CT na tarde desta segunda-feira, 23, que o diretório nacional anulou os atos da convenção do PT do Tocantins e determinou que a legenda apoie a candidatura da senadora Kátia Abreu (PDT) nesta eleição suplementar para o mandato tampão de governador.
Inicialmente, o PT do Tocantins tinha o deputado estadual Paulo Mourão como pré-candidato ao governo, mas o projeto esbarrou no interesse do diretório nacional em levar a sigla para o palanque de Kátia Abreu. Isto porque, caso eleita, o primeiro suplente da pedetista, Donizeti Nogueira (PT), assumiria a cadeira no Senado Federal até 2022, aumentando a bancada petista no Congresso Nacional.
Kátia Abreu e o PT do Tocantins chegaram a iniciar o diálogo, mas a parlamentar não aceitou a indicação do advogado Célio Moura ou da secretária-geral petista, Márcia Barbosa, para vice-governador na chapa. A pedetista também não quis se licenciar do cargo de senadora por seis meses e rejeitou dar a garantia de que Paulo Mourão seria um dos nomes do grupo para o Senado Federal em outubro.
Sem acordo com a senadora Kátia Abreu, o PT do Tocantins foi para o palanque do ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB), que aceitou o advogado Célio Moura como candidato a vice-governador em sua chapa.
Com a decisão do diretório nacional petista, Amastha terá que encontrar um novo nome para a vaga de vice. Segundo a assessoria do candidato, a coligação – agora com PSB, PCdoB, PTB, PSDC e Podemos – está reunida para definir os novos rumos após a baixa.
O CT tentou contato com dirigentes do PT do Tocantins, mas as ligações não foram atendidas.
Leia abaixo a íntegra do comunicado do diretório nacional petista:
“O Diretório Nacional do PT, reunido nesta segunda-feira (23), em Curitiba, anulou os atos da Convenção do PT Tocantins e determinou a retificação da ata incluindo o partido na Coligação que apoia a candidatura da senadora Kátia Abreu ao governo do Estado nas eleições suplementares de 3 de junho.
Atenciosamente,
Geraldo Magela Ferreira, assessor
Secretaria Nacional de Comunicação/PT”