Ex-prefeito de Palmas (1993 a 1997), Eduardo Siqueira Campos (Podemos) busca retornar ao Paço da Capital depois de 28 anos e foi nesta sexta-feira, 18, o segundo candidato a ser sabatinado pela Coluna do CT, Sou de Palmas, O Paralelo 13 e O Girassol. O político listou as principais propostas do plano de governo, rebateu as ofensivas da adversária neste segundo turno, a deputada estadual Janad Valcari (PL) e esclareceu a polêmica fala sobre devolver o terreno doado pelo Estado para construção do hospital municipal.
JANAD VAI TER QUE DEMITIR 4º OU 5º MARQUETEIRO
Entre os temas recentes, Eduardo Siqueira Campos ironizou a ofensiva da campanha de Janad Valcari, que o atacou utilizando a imagem de José Wilson Siqueira Campos, conforme trouxe a edição desta sexta-feira, 18, do Em Off. “Quero agradecer a minha adversária, que me deu um grande presente quando se atreveu a fazer aquele vídeo. Acho que vai ter que demitir o quarto ou o quinto marqueteiro, ainda dá tempo. Aquilo me permitiu mostrar o que meu pai diz sobre minha pessoa”, afirmou. O comentário ocorreu frente ao questionamento sobre aqueles que dão o crédito de sua carreira política ao seu pai, o que também foi rebatido, listando a atuação no Senado, que incluiu a vice-presidência e liderança de partido, em que relata ter liderado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem a liberal vincula fortemente a imagem. “Dizer que andei na garupa [de Siqueira] são frases de efeito. Poderia dizer que ela caminha na sombra do marido, que aí é bem mais grave. Ela não conhece a história deste Estado, não me conhece, nem nunca buscou saber”, provocou ainda.
IGEPREV E BUSCA DE VOTOS DO GEO
Sobre o recorrente tema dos desvios do Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev), talvez o mais espinhoso episódio da campanha, Eduardo Siqueira Campos voltou a alegar que há sentenças que o inocentam e destacou carta do então presidente da entidade, Jacques Silva, que provaria também sua inocência. A pergunta destacava o foco do deputado estadual Júnior Geo (PSDB) no último debate do 1º turno. Com isto, o candidato aproveitou para voltar a fazer um contraponto a Janad Valcari, que não compareceu a nenhum, e para pontuar a sua busca pelos eleitores do tucano, que fez 44.326 votos (27,99%). “Sobre o professor, ele fez as perguntas, gente. Isso é democracia, eu tô lá pra responder. E até que fui doce com ele, sabe por quê? Precisava dos eleitores dele neste segundo turno e estou em paz com os eleitores e até com ele. A democracia é assim, não existe pergunta ruim”, respondeu.
CONCESSÃO DO TRANSPORTE PÚBLICO E CRITICA A ORDILEY
Eduardo Siqueira Campos reforçou que a proposta da campanha de concessão do transporte público. O candidato entende que o poder público não tem competência na oferta deste serviço público e cita a própria Capital como exemplo disto, alegando que a tarifa técnica subiu de R$ 8,00 para R$ 13,00 após a gestão assumir. O exemplo de sucesso citado foi de São Caetano do Sul, onde o município subsidia todo o sistema, mas que é operado pela iniciativa privada. O tema serviu para o político alfinetar o esposo da adversária, Ordiley Valcari, que articulou pela derrubada dos empréstimos para compra de ônibus, proposto pela prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB). “Gente que é alheio à Câmara dos Vereadores, que passou de gabinete em gabinete negociando. É uma figura que está aí nas madrugadas, que ninguém sabe bem qual é o papel. […] Esta figura do marido da candidata, ela atemoriza as pessoas em vários aspectos”, disparou.
MERENDA ESCOLAR
Já no bloco que abordou os problemas de Palmas, Eduardo Siqueira Campos concordou que o valor por aluno para merenda escolar realmente é insuficiente – cerca de R$ 1,00 – e, como solução, defendeu que o município subsidie, faça aportes para garantir a qualidade da alimentação da rede de ensino. “É algo sagrado dentro da educação”, pontuou.
SEGURANÇA PÚBLICA
Quanto à segurança pública, Eduardo Siqueira Campos lamentou o fato da Guarda Metropolitana, que criou com 100 agentes, ter atualmente 180. O candidato se comprometeu a dar posse aos 50 aprovados no último concurso do Paço, bem como os outros 50 do quadro reserva. A possibilidade de nomear ainda mais também é ponderada, para além da previsão inicial. Outra defesa do político é integrar os sistemas de monitoramento da Polícia Militar (PMTO) e do município, que considera ser “uma obrigação”.
FALA SOBRE DEVOLUÇÃO DE TERRENO NÃO FOI ADEQUADA, PROPOSTA É QUE HOSPITAL SEJA NA REGIÃO SUL
O candidato do Podemos comentou a polêmica fala de que devolveria o terreno dado pelo Estado para a construção do hospital municipal. O político admitiu que talvez a palavra utilizada “não tenha sido adequada”. “O que quis dizer é que o hospital vai ser na região Sul. Ali tem 80% dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Temos uma área maior e mais perto de quem precisa”, afirmou. Eduardo Siqueira Campos ainda defendeu que a área cedida pelo governo estadual poderia ser destinada a outra utilidade.
PROPOSTAS
Eduardo Siqueira Campos defendeu a proposta da jornada de seis horas diária para o funcionalismo e garantiu ser possível manter o bom atendimento ao cidadão através de uma gestão de recursos humanos; bancou a Secretaria do Bem Estar Animal; exaltou a proposta de criação da moeda social para incentivar o consumo e a circulação de dinheiro dentro do município; sugeriu um plano de macrodrenagem e microdrenagem, com conceito de “cidade esponja”. Em um momento, o candidato elencou o que considerou os principais programas da candidatura: o hospital de urgência e emergência, a reserva de 3,5% do orçamento para garantir segurança alimentar de 15 mil famílias por meio de programas sociais; e o prolongamento da Avenida Theotônio Segurado, duplicada até o Taquari.
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