O prefeito de Paraíso, Celso Morais (MDB), é o entrevistado desta segunda-feira, 18, da série da Coluna do CT com os pré-candidatos das eleições de outubro. Na conversa, Celso afirmou que, num possível segundo mandato, quer pensar Paraíso para o futuro. “Eu costumo dizer que a política é uma grande construção, então, tudo o que todos fizeram até este momento me ajudaram a construir a cidade. Mas eu preciso agora parar e pensar a cidade para o futuro. Então, nós pensamos realmente uma cidade, daqui para frente, muito melhor, muito mais organizada e um crescimento muito maior, o que já vem acontecendo”, afirmou.
CIDADE ALTAMENTE DESENVOLVIDA
Celso disse que no início “não tinha nenhum conhecimento do que podia falar e como podia falar porque não sabia o tamanho da Prefeitura de Paraíso”. “Hoje tendo essa capacidade, eu falo à população que pode ter uma esperança muito grande no desenvolvimento de Paraíso”, avisou. Ele elencou para seu otimismo nessa esperança a boa relação com os políticos do Estado, a “seriedade com que estamos tratando a nossa cidade”, disse que os empresários de Paraíso respeitam a gestão municipal e “sabem que têm o apoio de forma integral de todas as nossas ações”. “E a população pode esperar uma cidade altamente desenvolvida, e, quando nós desenvolvemos a cidade de Paraíso do Tocantins, automaticamente nós estamos desenvolvendo também uma região. Paraíso é uma cidade regionalizada do Vale do Araguaia, e precisamos avaliar tudo isso. Então, nós precisamos pensar na região valorizada, e isso estamos fazendo”, garantiu.
POSSIBILIDADE DO APOIO DE WANDERLEI
O prefeito disse que não tem dúvida da possibilidade de ter o apoio do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) à sua reeleição, apesar da pré-candidatura colocada do ex-deputado federal Osires Damaso, secretário da Governadoria do Estado. “Porque primeiro eu não fiz nada que magoasse o governador de forma que nós não pudéssemos ter uma aproximação. Naquele momento de campanha eleitoral de 2022 [Celso apoiou Ronaldo Dimas, PL], isso não aconteceu também”, ressaltou. Ele revelou que “tem muitos amigos comuns buscando essa conversa”. Além desses amigos, afirmou, os próprios presidentes estaduais de partidos que o apoiam trabalham por isso. O emedebista citou os presidentes do PL, senador Eduardo Gomes; do Progressistas, deputado federal Vicentinho Júnior, e o deputado federal Filipe Martins, que é do PL, mas tem ascensão sobre o Agir, que apoia Celso.
NÃO FOI A EVENTO DE DAMASO
Ele ainda observou que o governador até agora não foi a nenhum evento político-eleitoral de Damaso. Disse que Wanderlei esteve em Paraíso para evento institucional do Estado, mas não prestigiou a movimentação pré-eleitoral de seu secretário.
NÃO É O MOMENTO DE DAMASO
Sobre seu possível adversário, o prefeito falou sobre a boa relação pessoal e familiar com Damaso, avisou que não encontra motivos para isso nem tem nenhum tipo de rivalidade com ele. “É um empresário muito bem conceituado em Paraíso, vive este momento de busca do espaço político aqui, e […] é uma pessoa que tem uma capacidade grande para trabalhar”, afirmou. “Alguns amigos em comuns, e a maioria deles, me falam isso: ‘Celso, não vamos acompanhar o Osires porque não é o momento dele, o momento é seu. Paraíso vai bem, a gente precisa ter essa continuidade, mas num momento posterior a esse nada impede que o Osires também faça o trabalho dele’. É normal”
NÃO É MOMENTO DE EMBATES
Contudo, Celso avaliou que, “infelizmente, a política está muito aflorada”. “E algumas pessoas que estão ao meu lado e ao lado dele [Damaso] ficam entrando em embate, e não é o momento”, defendeu.
PENSAM DIFERENTE
Sobre afastamento entre ele e o ex-prefeito Moisés Avelino (MDB), seu ex-aliado e companheiro de chapa de 2016 – quando foi vice –, Celso reforçou a relação “de muito respeito, muita admiração”. “Eu admiro muito a pessoa doutor Moisés. Ele construiu um cenário em Paraíso que dificilmente uma cidade do interior do Estado poderia alcançar. Agora pensamos um pouco diferente quando se fala de política”, ressaltou.
CÓRREGO PERNADA OU ASFALTO?
Segundo o prefeito, o estremecimento entre os dois começou em junho de 2021, logo no início da gestão, e teve como pivô um recurso federal de R$ 38 milhões, que inicialmente seria destinado para canalização e urbanização do Córrego Pernada, mas que acabou sendo aplicado em obras de asfaltamento. Para Avelino, a mudança da destinação teria sido feita por seu sucessor e o ex-prefeito não gostou. Já Celso garantiu que a mudança ocorreu no final da gestão Avelino.
PESSOAS MALDOSAS
Para o prefeito, “infelizmente tem pessoas maldosas na política que às vezes não agregam nada e ainda querem atrapalhar muito”. “Algumas pessoas maldosas entraram no nosso caminho, nosso meio, provocando algumas situações”, lamentou Celso. “Eu não mudei esse recurso, mas a mudança foi ainda na gestão dele [Avelino]. Nós temos os documentos todos assinados, eu não preciso estar provando isso, mas é uma verdade, são assinados por ele”, assegurou.
DECISÃO ASSERTIVA
Inclusive, segundo Celso, o município correu o risco de perder esse recurso. “Então, foi uma decisão assertiva, e mais assertiva ainda quando nós mudamos de um projeto em que o benefício não é tão grande como asfalto na porta das casas das pessoas. Eu costumo falar que esse projeto do Córrego Pernada é muito importante, depois de muitas ações está acontecendo na cidade, mas não era o mais importante lá no início de 2020, não era, de jeito nenhum”, sustentou.
CABRESTO NOS VEREADORES
Celso contou que os dois chegaram a ensaiar uma reaproximação no decorrer do mandato, mas outra vez algumas pessoas atrapalharam. O prefeito revelou ter ficado insatisfeito com uma fala de semana passada de Avelino, que o acusou de estar colocando cabresto nos vereadores. “Me estranha muito falar isso agora, vendo a forma de trabalho, que nós estamos trabalhando. Os vereadores ficaram chateados com a fala, e não seria diferente”, afirmou, explicando que seu formato de gestão “é bem participativa”. “Eu vou à Câmara em todas as semanas que têm sessões. Eu vou lá, me coloco à disposição; eles vêm aqui, e esse acesso aqui no nosso gabinete é muito fácil, é muito tranquilo, muito leve.”
MAIORIA DOS VEREADORES
Inclusive, Celso disse que o embate na Câmara no final de 2023, pela presidência da mesa – o primeiro desde 2017 – já foi superado. Sinal disso, apontou, é que tem 11 dos 13 vereadores estão apoiando a sua reeleição.
40 ANOS DEPOIS, UM OUTRO FORMATO
Ainda sobre Avelino, o prefeito lembrou que a maioria de seus secretários é remanescente da gestão do antecessor e, mesmo assim, decidiu ficar com o atual prefeito e acompanhá-lo na busca pela reeleição. “Há poucos dias nós tivemos juntos em uma formatura. Eu brinco com ele [Avelino], ele brinca comigo, mas realmente, politicamente, ele escolheu um caminho e eu estou aqui desenhando o meu também. Eu tenho o direito de pensar diferente e, politicamente, após 40 anos do surgimento do doutor Moisés, tem também a possibilidade de se tentar construir aquilo que eu penso que é o formato correto”, defendeu Celso.
Assista a seguir a entrevista com o prefeito de Paraíso, Celso Morais, na qual ele ainda faz um balanço de sua gestão e disse que fica no MDB para disputar as eleições: