O ex-vereador e advogado Ronison Parente (MDB) se prepara para disputar pela quarta vez a Prefeitura de Formoso do Araguaia. Ele, que concorreu nas eleições de 2012, 2016 e 2020, ressaltou na entrevista da série da Coluna do CT com os pré-candidatos de todo o Estado, que sempre perdeu por menos de três pontos percentuais. “A gente precisa melhorar a comunicação para as pessoas entenderem bem? Um sujeito que é o vereador mais votado dos últimos 20 anos é bom de voto, o sujeito que por três eleições consecutivas não chega à prefeitura com diferenças que não chegam a 3% dos votos, ele é bom de voto”, afirmou.
CICLO DE GESTÃO COM LÍDERES EXPERIENTES
Para o pré-candidato do MDB, “não faltam votos ao Ronison”. “O que falta é a gente amadurecer um pouco mais uma parte da população para compreender, primeiro, que a cidade precisa de experimentar pelo menos um ciclo de duas, três ou quatro gestões com líderes que têm experiência de vida, experiência administrativa, para poder resolver os problemas mais básicos, mais estruturantes”, defendeu.
SEM AVENTURAS
Ele ainda sustentou que a cidade não pode “entrar em aventuras”. “Passar por experiências de novo de ter que alguém que nem nunca administrou alguma secretaria de município, isso não funciona, infelizmente”, avisou.
3ª ECONOMIA
Ronison lembrou que Formoso já foi a terceira economia da região onde a partir de 1988 passou a ser o Tocantins, atrás somente de Araguaína e Gurupi. “Mas não era a terceira economia distante, era uma terceira economia colada nas outras cidades, com o maior projeto irritado agrícola da América Latina, o segundo maior rebanho bovino do Estado — isso nunca caiu, é uma posição que permanece e se consolida a cada ano”, apontou.
NÃO SE FAZ SEM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Para o pré-candidato, que, além de vereador no município, também foi superintendente da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) no Tocantins e secretário executivo da Agricultura e Pecuária do Estado (Seagro), toda essa experiência nos três níveis – municipal, estadual e federal – lhe deu “uma noção de que não se faz gestão pública sem planejamento estratégico”. “Não tem como administrar uma cidade sem você pensar em planejamento estratégico, e o que que é um planejamento estratégico? É você primeiro fazer um diagnóstico daquilo que vai administrar, conhecer os recursos que vai ter e estabelecer metas a médio e longo prazos”, explicou.
O ÚNICO RIVAL
Ronison defendeu que Formoso “se perdeu aí”. “Quando não se falava ainda em Luís Eduardo Magalhães, quando não se falava em Lagoa da Confusão, quando não se falava em Pedro Afonso, quando não se falava nessa região de Silvanópolis, onde hoje a soja avançou bastante. O único rival de Formoso, mais próximo, naquele momento, era Rio Verde, Goiás”, disse.
FORMOSO SE PERDEU NA COISA DA POLÍTICA
Segundo ele, o município “se perdeu com essa coisa da política, de disputa de espaço políticos, das coisinhas”. “Nunca se preocupou em falar ‘espera um pouquinho: nós temos aqui tudo isso’, então o que que eu tenho que fazer é um projeto de médio e longo prazos para que eu possa transformar todas as potencialidades em realidade, atraindo investimentos”, receitou.
PREFEITURA NÃO É LUGAR PARA MENINO BRINCAR
O pré-candidato do MDB defendeu a cidade ainda “pode sonhar”. “Se a gente começar a educar a população para eleger prefeitos, primeiro, com experiência de vida. Prefeitura não é laboratório, prefeitura não é lugar para menino brincar de fazer gestão. Ainda mais uma prefeitura complexa como é a de Formoso. É lugar para líderes maduros, experientes em gestão pública, para poder exercer uma liderança regional e começar a convencer as forças políticas e econômicas do Estado e do País”, afirmou.
NÃO TEM MATURIDADE
Para Ronison, esse é, inclusive, o problema da gestão do jovem prefeito Heno Rodrigues (UB). “O ponto central é muito simples: o rapaz que hoje ocupa a cadeira de prefeito não tem maturidade, não tinha experiência nenhuma, era zero experiência de gestão. Formoso não é para amador, Formoso não é para iniciante, Formoso não é laboratório. A Prefeitura de Formoso exige um líder experimentado ou está fadada a dar errado novamente”, avisou.
42% DO PERÍMETRO URBANO SEM ASFALTO
Ele avaliou que a cidade, fundada em 1963, é velha para os padrões do Tocantins e enfrenta um problema no Instituto de Previdência, com rombo de quase R$ 40 milhões, conforme última atualização feita a pedido do Ministério Público, e conta com uma infraestrutura urbana em que o pavimento asfáltico é da década de 1980 e parte de 1990. “Portanto, mais de 30 anos de piso asfáltico e, mesmo assim, 42% do perímetro urbano nunca viu 1 centímetro de asfalto em toda a sua existência. Olha a dramaticidade disso”, ressaltou.
Assista a seguir a íntegra da entrevista: