O presidente do Grupo Parlamentar Brasil – Países Árabes, deputado federal César Halum (PRB) esteve na última semana no Líbano (Beirute) e nos Emirados Árabes (Dubai), onde cumpriu missão oficial designada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia e pelo secretário de Governo, ministro Carlos Marun. Além de participar do 5º Encontro sobre a Diáspora Libanesa, o parlamentar esteve em reunião com membros dos governos para acelerar a implantação da Zona Especial de Negócios (ZEN), no distrito de Luzimangues, em Porto Nacional, com o intuito de receber empresas dispostas a processar e manejar produtos para o mercado halal. O investimento ultrapassaria a marca de $ 1 bilhão de dólares.
Para César Halum, os países islâmicos, que formam a terceira maior economia do planeta, buscam segurança alimentar com produtos que atendam à sua cultura e identificaram no Tocantins um estado capaz de atendê-los em suas necessidades.
“Além de o Tocantins ser geograficamente ideal para colocarmos em prática esse investimento, por termos ligação direta com a ferrovia Norte Sul, o nosso Estado tem produtos para serem industrializados dentro do processo halal”, afirmou Halum informando que em Dubai, junto aos representantes da ZEN no Tocantins, foram assinados os contratos para a entrada dos recursos que financiarão o projeto. “Espera-se que a primeira remessa chegue ainda no mês de maio. Inicialmente a ZEN contará com uma esmagadora de soja, uma fábrica de ração e um graneleiro para o armazenamento de sementes, além disso, os investidores preveem o financiamento de 40 mil hectares de lavouras para produtores do Tocantins”, explicou.
O parlamentar republicano disse ter a confiança de que a relação comercial com os países árabes trará grandes benefícios ao Tocantins. “A implantação desses projetos para a produção de produtos halal vai alavancar a economia tocantinense, criando uma nova atividade, gerando empregos, renda e uma nova arrecadação para o Estado”, concluiu.
Mercado halal
Halal, em árabe, significa “lícito, que é permitido”, e pode ser interpretado como as normas de manejo, processamento e fabricação de alimentos e produtos que atendam aos requisitos e princípios da cultura e das leis islâmicas. Para vender aos países muçulmanos, é necessário que as empresas tenham uma certificação de que o processo é halal. E no Brasil, quem certifica esta produção é a Fambras, cujo presidente, Sr. Mohamed Zogbh, foi trazido ao Tocantins a convite do deputado César Halum. (Com informações da assessoria de imprensa)