Candidato ao Senado Federal, o deputado estadual Paulo Mourão (PT) afirmou na sexta-feira, 10, durante evento do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Tocantins (Sintet), que uma das vagas de suplente de sua candidatura ainda está em discussão. O parlamentar petista revelou ainda que busca alguém da área da saúde para a disputa.
Paulo Mourão já tem confirmada na segunda suplência de sua candidatura ao Senado Federal a professora universitária Germana Pires (PCdoB). Para a primeira vaga houve a indicação de Cirlene Alves (PT), entretanto, o espaço para a correligionária ainda não foi confirmado. O petista disputa a eleição ao lado do candidato ao governo do Rede, Márlon Reis.
“Temos duas áreas traumáticas no Brasil, a saúde, que estamos discutindo para ocupar a outra vaga de suplência. Vejo que o processo da educação engatinha, não avança, e o processo da saúde está na UTI. Quando tiver qualquer problema que eu não possa representar no Senado eu vou ter pessoas compromissadas com o que nós precisamos melhorar no Brasil, que é o que? Educação e saúde”, indicou no evento.
Princípios norteadores
Em pronunciamento, Paulo Mourão defendeu que educação e saúde são os “princípios norteadores do equilíbrio da sociedade”. “Isso sempre está em processo de crítica. Nunca se constrói a qualidade no atendimento em saúde no nosso País e nem se alcança a excelência educacional”, afirmou. Ex-deputado federal, o petista aproveitou para destacar sua atuação no processo de criação da Universidade Federal do Tocantins (UFT). “Tive a honra de ser o relator do projeto”, contou;
Mourão reafirmou o compromisso com a educação. “Pretendo defender e prestar conta a um setor da sociedade que é um dos mais importantes, a educação. Se tira a educação o que vira a sociedade? Não tem desenvolvimento, não tem relacionamento social. Não consigo entender como que ainda não é priorizada nos discursos e, consequentemente, não é priorizada na política pública”, alertou.
Ao avaliar sua atuação na Assembleia Legislativa, Mourão destacou projetos de sua autoria voltados para a educação. “Entre eles está a obrigatoriedade da realização de exame oftalmológico gratuito para os alunos das escolas públicas; o Parlamento Universitário, que estimula o jovem a debater as políticas do nosso Estado, pois a democracia só é instrumento do desenvolvimento quando o cidadão e a cidadã resolvem fazer parte do processo decisório da nação”, frisou.
Outro ponto de destaque de sua atuação, e que Mourão destacou, foi o projeto que estabelece a obrigatoriedade da temática da violência contra a mulher no currículo escolar nas escolas estaduais. Ele comentou o fato da jovem encontrada morta em um matagal em Palmas na quinta-feira, 9, com suspeitas sobre feminicídio, onde o autor teria sido o namorado.
Para o parlamentar é preciso, através da educação, contribuir para que atos de tamanha violência contra as mulheres sejam praticados. “Temos então que estimular esta discussão na escola, pois o feminicídio é uma das práticas na sociedade brasileira mais repugnantes que é possível visualizar”, avaliou Paulo Mourão.
Prestação de contas
Aos trabalhadores da educação, o deputado prestou contas de sua atuação parlamentar lembrando que suas emendas foram destinadas para os dois setores prioritários do Tocantins: educação e saúde.
“É visível a deficiência e como muitas vezes a sociedade não consegue participar dos debates, o que é de interesse da sociedade fica as vezes sem a prioridade, então eu busquei emendas para estruturar, mobiliar, reformar unidades educacionais, bem como investimos em capacitação dos profissionais da educação. O objetivo é alcançar a excelência do ensino no Tocantins”, afirmou.
Mourão convidou os presentes a ter consciência cidadã e citou o aplicativo para smartphone “Detector de Ficha de Político” como uma importante ferramenta a ser usada pelos cidadãos e cidadãs nas eleições deste ano.
“Estamos passando um dos momentos mais tristes da história política brasileira. É um momento onde se feriu e fere a democracia prometendo uma ponte para o futuro, e essa ponte não existia, o que existia era o abismo da corrupção, dos desmandos. Por isso é hora do povo olhar para suas demandas e escolher aqueles e aquelas que as atenderão. Se nós não formos criteriosos, os que ferem a nossa democracia vão voltar”, finalizou Mourão. (Com informações da Ascom)