Apesar das críticas de pais, alunos e professores pela escolha dos menos votados para o cargo, a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), avaliou que a eleição para diretores das escolas da rede municipal de ensino “é mais um grande marco para a gestão e a democracia, pois promoveu a participação de estudantes, pais e servidores das escolas”. “Eu tenho orgulho da nossa trajetória à frente da gestão na Prefeitura de Palmas. Quando assumi a Prefeitura, tínhamos em pauta 17 propostas do Sintet para a educação da Capital, e, nesta sexta-feira [27], estou cumprindo a última delas”, afirmou em relação à publicação dos escolhidos para dirigir as unidades. Com a publicação do resultado, os eleitos assumirão seus cargos em 2025, para um mandato de três anos.
MELHOR TIME
Conforme Cinthia, durante todo este período, ela teve “o privilégio de trabalhar com o melhor time de diretores”. “Eles ajudaram a transformar nossas escolas e escreveram uma linda história na educação de Palmas. Agora os novos diretores eleitos chegam para dar continuidade a esse legado de excelência e dedicação ao lado do prefeito eleito”, disse ela.
17ª E ÚLTIMA PROPOSTA DO SINTET
Segundo a prefeitura, o processo eleitoral para escolha dos diretores é a 17ª e última proposta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet) atendida na gestão da prefeita Cinthia Ribeiro. O resultado homologado já está disponível para consulta no site da Prefeitura de Palmas neste link.
3 ETAPAS
O município explica ainda que a escolha dos 82 diretores contou com três etapas distintas, dentre elas a eleição realizada com a comunidade escolar no dia 18. De acordo com o Paço, todo o processo foi conduzido pela comissão eleitoral composta por membros da Secretaria Municipal da Educação (Semed), Sintet e especialistas em educação das universidades públicas do Tocantins. “Durante todo o processo, a Comissão buscou garantir a lisura e equidade em todas as etapas da escolha”, afirma o município sobre a eleição, que chegou a ser suspensa duas vezes pelo Poder Judiciário, até a decisão que garantiu sua realização, exatamente na data da escolha dos candidatos.
ATO DEMOCRÁTICO
O secretário da Educação de Palmas, professor Fábio Chaves, reforçou que a eleição dos gestores escolares representa “um ato democrático que promoverá avanços significativos para rede municipal de ensino da Capital”. “Estamos vivendo um momento ímpar para a rede de ensino, pois coloca as comunidades como protagonistas, fomentando a participação ativa de estudantes, professores, pais e responsáveis nas decisões escolares. Sem dúvida alguma, a educação da nossa cidade deu um grande passo quando decidiu implantar o processo democrático de escolha dos gestores. Agora, cada um dos escolhidos terá a missão e a responsabilidade de buscar fazer o melhor para a educação”, afirmou.
REVOLTA DA COMUNIDADE ESCOLAR
Como a coluna afirmou, a escolha de candidatos de baixíssima votação para diretor causou revolta entre professores, servidores da educação e pais e mães de alunos. “Fica a pergunta: para quê mesmo nos convidou para votar? Por que você [Cinthia] não escolheu logo de cara? Você conhece mais a comunidade do que os pais, alunos e professores, prefeita?”, questionou uma mãe em vídeo compartilhado nas redes sociais.
COMPARECIMENTO INEXPRESSIVO
Os números gerais do processo eleitoral mostram a insignificante participação na eleição do dia 18. Dos 44 mil alunos da rede municipal de ensino, 27 mil têm direito a voto. Podem votar ainda 2.964 servidores da Educação e aproximadamente 35 mil pais. Com isso, o eleitorado alcança algo em torno de 65 mil pessoas. Porém, apenas 7.026 votantes compareceram, ou ínfimos 10,8% do total.