O presidente da Assembleia Legislativa, Mauro Carlesse (PHS), não gostou da declaração do governador Marcelo Miranda (MDB) durante entrevista à imprensa e emitiu nota para reivindicar a autoria do programa “Opera Tocantins”. Ao receber jornalistas no Palácio Araguaia nesta segunda-feira, 9, o gestor emedebista afirmou que o projeto anunciado pelo deputado estadual quando gestor interino “já existia”. “Estava apto a ser colocado em prática”, afirmou.
Carlesse afirma que as medidas adotadas nos sete dias que esteve à frente do Estado “não faziam parte de nenhum programa lançado pelo governador cassado Marcelo Miranda”, diz na nota, sem esquecer da condenação do emedebista no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Sobre o “Opera Tocantins”, o presidente da Assembleia Legislativa destaca que sua instituição se deu por meio de Medida Provisória editada no dia 5 de abril, data em que estava no comando do Palácio Araguaia.
“O programa ‘Opera Tocantins’ foi idealizado por nossa gestão. Determinamos a realização de mutirões, que já estão sendo preparados pela equipe da Secretaria de Saúde, nos 18 hospitais, para tirar do sofrimento mais 5.500 pacientes, alguns com mais de 5 anos de espera”, elenca o deputado. Carlesse aproveitou a nota para listar outras ações e medidas que implementou como governador interino.
Mauro Carlesse afirma ter gerado economia de R$ 2 milhões aos cofres do Estado no período em que ficou no governo, destacou o pagamento de 61% da folha de março no dia 7 – a gestão Marcelo Miranda vem depositando os salários somente no dia 12 -; exaltou a disponibilização de mais militares nas ruas de Gurupi; além dos repasse de R$ 37 milhões aos municípios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e a previsão de aplicação de R$ 42 milhões na recuperação de rodovias.
“Abrimos as portas do Palácio Araguaia aos gestores municipais e colocamos em prática o verdadeiro municipalismo no Tocantins”, concluiu.
Leia a íntegra da nota:
“NOTA
O presidente Regional do PHS, deputado Mauro Carlesse, que ficou à frente do Governo do Tocantins, por apenas sete dias úteis, esclarece que as medidas tomadas por ele não faziam parte de nenhum programa lançado pelo governador cassado Marcelo Miranda.
O Programa “Opera Tocantins”, instituído por Medida Provisória, no dia 5 de abril, foi idealizado por nossa gestão. Determinamos a realização de mutirões, que já estão sendo preparados pela equipe da Secretaria de Saúde, nos 18 hospitais do Tocantins, para tirar do sofrimento mais 5 mil e 500 pacientes, alguns com mais de 5 anos de espera.
Em poucos dias também conseguimos enxugar a folha de pagamento dos servidores e geramos uma economia de mais de R$ 2 milhões aos cofres públicos. Atendendo a reivindicações dos servidores, mais de 60% da folha de março foram pagos antecipadamente no dia 7 de abril, com o planejamento de retomar os pagamentos até o quinto dia útil de cada mês, para todos os servidores estaduais.
Iniciamos também a “Operação Força-Tarefa de Segurança Pública” com as polícias Civil e Militar. Em Gurupi, mais de 30 militares deixaram os quartéis e foram às ruas para reforçar a segurança da população. O resultado foi o aumento da sensação de segurança da população gurupiense, sendo que a nossa meta é levar as mesmas ações para as cidades com os maiores índices de violência no Estado.
Antecipamos o pagamento de quase R$ 37 milhões aos 139 municípios tocantinenses, referentes à cota do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Essa é a parte que cabe ao Estado que vinha fazendo essa transferência constitucional obrigatória somente no dia 10 de cada mês.
Preparamos o “SOS Estradas” com previsão de aplicação de R$ 42 milhões em caixa, para a recuperação das rodovias estaduais péssimas condições de tráfego.
Abrimos as portas do Palácio Araguaia aos gestores municipais e colocamos em prática o verdadeiro municipalismo no Tocantins.
Mauro Carlesse
Presidente Regional do PHS/Tocantins”