Um único grupo político
O secretário estadual da Governadoria, Jairo Mariano, afirmou à coluna que “os Abreus são um único grupo político”. “Não tem como separá-los”, avaliou sobre a decisão do senador Irajá (PSD) de declarar apoio à pré-candidatura a governador de Osires Damaso (PSC).
De surpresa
Na tarde desta terça-feira, 5, a senadora Kátia Abreu (PP), que quer disputar a reeleição na chapa do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), emitiu nota em que afirma ter sido pega de surpresa pela decisão do filho, ainda que PRTB e Avante, umbilicalmente ligados aos dois senadores, tenham ido à frente, semana passada, para Damaso.
Decisão partiu dos Abreus
No entanto, não sensibilizou Jairo Mariano, que insiste que Kátia e Irajá formam um só grupo. Dessa forma, a permanência dela no grupo do Palácio não tem mais sentido. “As atitudes falam por si. Política não tem vácuo. A decisão partiu deles”, respondeu o secretário sobre o fim iminente da relação da senadora e Wanderlei.
Fora do grupo de Kátia no zap
Uma primeira reação à aliança de Irajá com Damaso veio logo cedo, quando o governador saiu do grupo de WhatsApp “Amigos da senadora Kátia Abreu”. Confira o print:
Dimas cobrou retribuição
Reação também por parte do pré-candidato a governador do PL, Ronaldo Dimas. Em entrevista ao site Gazeta do Cerrado, ele atirou em Irajá, de quem cobra retribuição pelo apoio que lhe deu para o Senado em 2018. A resposta veio porque o parlamentar disse que não fechou com o candidato do PL por falta de reciprocidade nas eleições municipais de 2020 aos candidatos do PSD de Colinas, Porto e Araguatins. “Ele [Irajá] fica arrumando desculpas para não cumprir os compromissos que faz. Não foi a primeira e, pelo visto, não será a última”, reagiu Dimas no Gazeta.
Sem humildade e bom senso
Irajá voltou a rebater Dimas em nota: “Humildade e bom senso nesta eleição certamente não são os pontos fortes do pré-candidato ao governo Ronaldo Dimas”, disse. O senador ainda alfinetou: uma candidatura ao governo “precisa estar acima de seu sonho pessoal, depende fundamentalmente da vontade popular e política”. “Quem perde e muito é o Tocantins em não ter um quadro como ele [Dimas] exercendo outro cargo e servindo ao tocantinenses”, afirmou na nota.
Se Dorinha não quer, tem plano B
Na mesma entrevista ao Gazeta, o pré-candidato do PL parece ter ido para o tudo ou nada com outra personalidade que deseja como aliada de seu projeto, a deputada federal Dorinha Seabra Rezende (UB), pré-candidata ao Senado. Apesar de lembrar que ainda conversa com a parlamentar, Dimas avisou que o PL está avaliando um plano B, o deputado federal Eli Borges, para o Senado. “No nosso modo de ver, é um candidato que pode vir com muita força”, afirmou o governadoriável do PL.
Caminho livre para Dorinha e Palácio
Com a declaração clara de Jairo Mariano sobre Kátia e esse emparedamento de Dimas a Dorinha, Palácio e deputada parecem ter caminho livre para um entendimento.
Vicentinhos ficam com Wanderlei
Se Kátia vai deixar o governo, quem do PP avisa que não a acompanhará são os Vicentinhos pai e filho. O ex-senador e o deputado federal ficarão com o governador Wanderlei Barbosa nesta campanha. Ambos têm dito aos amigos que a história deles é de fidelidade, como foi com o ex-governador Siqueira Campos, por exemplo.
Ausência do Avante
Uma observação importante: ninguém do Avante apareceu na coletiva dessa segunda-feira em que Irajá e Damaso anunciaram a aliança. O presidente é Paulo Carneiro e o vice-presidente, o Bispo Guaracy Silveira, quem assinou a nota semana passada anunciando o apoio ao pré-candidato do PSC.
Servir e ser servido
O ex-deputado federal César Halum (Republicanos) diz que está pra lá de confiante em sua campanha para voltar à Câmara. A chapa dele é forte, com nomes como os hoje deputados estaduais Antônio Andrade, presidente da Assembleia, e Ricardo Ayres. De toda forma, Halum disse que manteve ao seu lado os aliados que têm espalhado pelo Estado. E até o slogan já está pronto: “Entrei na política para servir e não para ser servido”.
Kawano à disposição do PTB
O pré-candidato a deputado federal e vice-presidente regional do PTB, Alex Kawano, é contra a aliança do partido com o governador Wanderlei Barbosa. Ele é muito próximo ao senador Eduardo Gomes (PL). Logo, prefere a pré-candidatura de Dimas. No entanto, avisa, se o partido ficar na dúvida, seu nome está à disposição para concorrer ao Palácio Araguaia.
Fingiram não ter ouvido
Kawano chegou a afirmar isso no encontro do PTB com os pré-candidatos a deputado na sexta-feira, 1º, mas os principais líderes do partido fingiram não ter ouvido.