Palácio quer Stival
Tem um movimento na base palaciana que tenta levar o empresário Oswaldo gurupiense Stival para a campanha de reeleição do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos). No entanto, há uma barreira que precisa ser vencida: a pré-candidatura à reeleição do deputado estadual Gutierres Torquato (PDT), sobrinho e ex-secretário da gestão Laurez Moreira (PDT), atual pré-candidato a vice de Wanderlei.
De federal a estadual
Explico: em 2020, na composição dos dois grupos — de Stival e Laurez, que tinha ainda o do ex-presidente regional do PSB, Carlos Amastha —, em Gurupi, ficou definido que Gutierres seria candidato a prefeito com o ex-vereador Eduardo Fortes (PSD) de vice. Porém, em 2022, o sobrinho do Laurez iria a federal e Fortes a estadual. Quando chegou este ano, Gutierres decidiu disputar vaga na Assembleia, em meio ao rompimento dele e Laurez com Stival e Amastha.
Sacrifício é pequeno
Parte da base palaciana entende que o sacrifício é pequeno para Laurez, uma vez que ficou com a vaga de vice e, se o governador for reeleito este ano, é certo que o ex-prefeito de Gurupi assumirá o Palácio em 2026, já que Wanderlei deve concorrer a senador.
Prefere não entrar no mérito
À coluna, Stival nem confirmou, nem negou o imbróglio. Disse que prefere “não entrar nesse mérito político”. “Não sou contra a candidatura de ninguém. Pelo contrário, acho que todos que querem tem que concorrer e conquistar seu espaço”, respondeu pelo WhatsApp. Sobre qual candidato a governador vai apoiar este ano [ele foi vice de Amastha em 2018], o empresário apenas recomendou: “Vamos aguardar”.
Do PSDB para o PSB
Stival trocou este ano o PSDB, do qual era membro havia muito tempo, pelo PSB de Amastha, que formalizou uma aliança com o pré-candidato do PSC, Osires Damaso.
Pressão é real, mas PSB não vai com PT
A grande especulação dos últimos dois dias é sobre a possibilidade de o PSB sair à força, por ação de sua executiva nacional, da aliança com Damaso para apoiar a pré-candidatura a governador do PT, com Paulo Mourão. A pressão nacional dos petistas é real e o Estado foi até citado como um problema a ser resolvido, pela presidente nacional da sigla, Gleisi Hoffmann, numa entrevista à CNN Brasil, dia 21.
PSB do TO decide
No entanto, a executiva estadual tem tido a garantia total da nacional do PSB de que caberá ao partido no Tocantins decidir os rumos na convenção marcada para o dia 5.
Três fatos contra
Pesam contra o apoio do PSB ao PT três fatos: o primeiro é que a executiva nacional petista chegou a ir à Justiça na eleição suplementar de 2018 para impedir que o partido apoiasse a candidatura a governador de Amastha. Contra a vontade de Brasília, o PT indicou o atual deputado federal Célio Moura de vice naquela eleição. O segundo fato que dificulta essa intervenção é que os próprios partidos da federação do PT — PCdoB e PV — resistem à pré-candidatura de Mourão. Por fim, a prioridade do PSB no Estado é eleger deputado federal.
Wanderlei “paz e amor”
No anúncio da aliança de Republicanos e PDT e de Laurez como vice, o governador Wanderlei avisou que não fará “uma campanha de ódio” nestas eleições. “Nossa campanha será de amor”, garantiu. “Nosso palanque não será para críticas aos nossos adversários, mas de propostas para o Tocantins. Nossa campanha será de amor. Não de ódio. Uma campanha alegre, para resgatarmos nosso Estado.”
Tem a simpatia de Ciro
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, que foi a Gurupi prestigiar Laurez, afirmou que seu candidato a presidente, Ciro Gomes, tem “muita simpatia” por Wanderlei. O governador foi por muitos anos filiado ao PDT, partido ao qual quase voltou pouco antes de assumir o comando do Estado em outubro.
Dois vereadores do PL com Wanderlei
Dois vereadores do PL de Paraíso — partido do pré-candidato a governador Ronaldo Dimas — foram ao anúncio da aliança de Wanderlei e Laurez. São eles Wedson Araújo e Gleydson Dedinho. À coluna, Wedson confirmou que estão apoiando Wanderlei. “É o homem certo para o Tocantins, filho daqui e me identifico com a proposta dele. Tem o jeito do nosso povo. Foi vereador e tem o sentimento dos vereadores”, avaliou.
Reuniões mais rápidas, mas…
Por falar no evento, Wanderlei disse em Gurupi que quer que suas reuniões sejam mais rápidas para não cansar o público. Excelente! Só que um detalhe: se esqueceu de chegar no horário. O evento começou com duas horas de atraso.
Passa no Itertins
Sobre a possibilidade de Palmas deixar 1,7 km sem duplicação na NS-15 por inércia, como a coluna mostrou esta semana, na prefeitura, o entendimento é de que a obra é do Estado e o título das áreas foi emitido pelo Itertins. No entanto, as 15 chácaras que precisariam autorizar o recuo para que a via fosse duplicada nesse trecho — o que dá míseros 10 mil metros quadrados — ficam dentro do plano diretor. Além disso, a prefeitura foi quem teve que aprovar o projeto (inclusive, exigiu mudanças) e é o município quem recebe os tributos daquelas propriedades.
Com quem vai?
No lançamento da pré-candidatura de Djalma Araújo à Assembleia na noite de segunda-feira, 25, o prefeito de Porto Nacional, Ronivon Maciel (PSD), entrou de mão dada com a pré-candidata ao Senado, Dorinha Seabra Rezende (UB). No início do mês, o prefeito recebeu a senadora Kátia Abreu (PP). Então, surgiu a dúvida sobre quem Ronivon vai apoiar para essa vaga.