O presidente da Federação dos Sindicatos de Servidores Públicos do Tocantins (Fesserto), Carlos Augusto Melo de Oliveira, aproveitou a passagem do vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), em Palmas, para entregar um ofício em que pede restabelecimento do que chamou de “equilíbrio de forças na gestão federal”, dando voz ao governo, ao empresariado, mas também aos servidores e trabalhadores.
Funcionalismo público não foi ouvido
No documento, a Fesserto faz uma explanação sobre a Reforma da Previdência, destacando que todo o debate excluiu os trabalhadores e o funcionalismo. “O general Mourão é um servidor público das Forças Armadas. Ele entende que não se pode fazer gestão pública excluindo os trabalhadores”, ressaltou Carlos Augusto ao explicar a entrega do documento.
Três medidas de redução de impacto
Para a entidade, o governo federal poderia ter tomado três medidas que diminuiria o impacto ao trabalhador e criaria as condições para a recuperação do caixa do sistema de seguridade social: acabar com a política de desoneração fiscal; cobrar as dívidas dos grandes devedores e reavaliar pontos da Reforma Trabalhista que estimula a atividade informal, reduzindo, assim, o número de contribuintes. “Infelizmente, o governo não tomou nenhuma dessas medidas. Mas é o nosso papel pontuar isso a uma autoridade importante como o vice-presidente”, destacou Carlos Augusto.
Minar força dos trabalhadores
No documento, o presidente da Fesserto reforçou ainda a discordância com o governo com a forma que as entidades sindicais estão sendo tratadas, salientando que o enfraquecimento destas organizações tem o propósito claro de tirar força dos trabalhadores. “Claro que entendemos as opções políticas do governo, mas precisamos pontuar aquilo que está errado para tentarmos encontrar solução. No mais, Mourão é um homem de diálogo e é isso que a Fesserto está buscando”, frisou.