Relator do Marco Legal da Inteligência Artificial no Brasil, o senador Eduardo Gomes (PL) abordou o tema em mais um evento na sexta-feira, 8, em Brasília. O tocantinense foi palestrante em programação do Grupo de Líderes Empresariais (Lide). “A gente tem esperança de colocar a primeira fase deste projeto ainda este ano e aguardar a análise da Câmara para ter esse desfecho no cenário ainda no primeiro semestre do próximo ano”, anunciou.
NÃO HÁ FRONTEIRAS
O senador frisou o caráter global da inteligência artificial, comparando sua amplitude ao impacto de viver em um mundo interconectado. “É como se a gente morasse em uma rua com 7 bilhões de habitantes, não há fronteiras para o desenvolvimento de tecnologia nessa dimensão”, destacou.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E O TRABALHO
Eduardo Gomes também abordou as transformações no mercado de trabalho provocadas pela IA. O tocantinense chamou atenção para a necessidade de capacitar a população, de forma a reduzir os efeitos da substituição de postos de trabalho em alguns setores, enquanto outros são criados. “A forma de trabalhar mudou, ela vem mudando. A inteligência artificial desloca empregos, tira a força de mão de obra em determinadas áreas do desenvolvimento econômico e, em compensação, cria novos empregos”, explicou. Para o tocantinense, a regulação deve oferecer segurança às pessoas sem comprometer a capacidade de inserção no mundo moderno.
CIGARROS ELETRÔNICOS TAMBÉM FOI TEMA
Outro tema abordado pelo senador foi a necessidade de regulamentar os cigarros eletrônicos, cuja expansão no país está associada ao contrabando e ao crime organizado. Segundo o liberal, é imprescindível oferecer às autoridades brasileiras ferramentas para regular a atividade, garantindo segurança e controle. “O grande desafio do Congresso agora é como entregar às autoridades brasileiras condições de regulação, que ele [o cigarro eletrônico] existe e que está em todos os lugares”, afirmou. Gomes explicou que o tema ainda será analisado por três comissões antes de chegar à votação no Plenário.