O candidato a governador da coligação “A Verdadeira Mudança”, Carlos Amastha (PSB), exibiu nesta quarta-feira, 5, programa em que afirma que soluções prometidas pelo Estado para área da Saúde pública jamais se concretizaram. O peça publicitária teria mostrado o aumento da fila de pessoas esperando por cirurgias, depoimentos e as obras paralisadas de ampliação do Hospital Geral de Palmas (HGP), da construção dos Hospitais Regionais de Araguaína (HRA) e de Gurupi (HRG). Postulante à reeleição na base do Palácio Araguaia, o vice-governador Wanderlei Barbosa (PHS) saiu em defesa da saúde do Estado após críticas.
Reação govenista
Em material enviado à imprensa, Wanderlei destacou as cessões do governo estadual à Capital e indicou uma alta porcentagem de casos que poderiam ser resolvidos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e estão acabando no Hospital Geral de Palmas (HGP).
Wanderlei garantiu que, mesmo o Estado cedendo servidores ao município, com custos ao Executivo estadual de quase R$ 900 mil ao mês, 40% dos atendimentos do Hospital Geral de Palmas (HGP) são encaminhados pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Capital. “São 78 profissionais entre médicos, enfermeiros, cirurgiões dentistas, técnicos de enfermagem, dentre outros, que são cedidos à prefeitura e custam quase R$ 900 mil ao mês aos cofres públicos do Estado”, afirma.
UPAs poderiam resolver maioria dos problemas
Wanderlei Barbosa afirma também que, conforme informações que diz ter levantado da Secretaria da Saúde (Sesau), 95% dos encaminhamentos das UPAs de Palmas que vão para o HGP poderiam ser resolvidos nas unidades básicas. “Ao fazer isso, o município acaba ajudando a superlotar o HGP, já que os casos encaminhados são procedimentos simples que poderiam ser resolvidos nas UPAs, como dores musculares, problemas de pressão e dores de coluna, por exemplo”, afirmou.
Para o vice-governador ainda que “fica fácil” mostrar imagens no programa eleitoral das UPAs vazias e dos hospitais do Estado sempre cheios. “O SUS pressupõe que cada parte do poder público faça a sua parte. Ao município cabe esse atendimento básico à população. Se ele se aproveita da capacidade do Estado para se omitir de sua função é claro que a conta não vai fechar. Toda vez que isso acontece, pacientes com casos mais graves são prejudicados”, lembrou.
Conforme o vice-governador, os hospitais públicos não podem recusar atendimento aos pacientes, mesmo sendo construídos e equipado para atender alta complexidade. “Quando os pacientes que poderiam ser atendidos pelas UPAs são encaminhados para o HGP recebem o atendimento, mas acabam também por tomar o lugar de outro paciente que sofre de um problema mais grave e reduzir a nossa capacidade de medicamentos e suprimentos”, explicou.
Cessões
São cedidos ao município de Palmas, com ônus para o Estado, os seguintes cargos: dois assistentes sociais, sete auxiliares de enfermagem , um auxiliar de serviços de saúde, 23 cirurgiões dentista, 24 enfermeiros, um executivo em saúde, um fisioterapeuta, cinco médicos, dois nutricionistas, dois pesquisadores docente em saúde pública, oito técnicos de enfermagem, dois técnicos de laboratórios. Ao todo, os custos ficam em R$ 894.834,28, garante Wanderlei Barbosa.
(Com informações da Secom/Tocantins)