Em agenda em Araguaína no dia 24 de julho, o senador Eduardo Gomes (MDB) não se furtou de falar sobre as eleições de 2022. Apontado como uma das opções para disputar o Palácio Araguaia com o apoio do governador Mauro Carlesse (PSL), o emedebista discursou ao lado de Ronaldo Dimas (Podemos), pré-candidato ao governo de oposição e a quem rasgou elogios. Diante da boa relação com as duas frentes, o congressista defendeu a construção da “maior aliança possível” para o pleito do ano que vem.
Dimas é um dos políticos mais brilhantes do Estado
Gomes não foi direto ao falar sobre o posicionamento para 2022, mas rejeitou a palavra “pacto”, termo usado pelo grupo formado pelos senadores Irajá (PSD) e Kátia Abreu (PP), os ex-prefeitos Carlos Amastha (PSB) e Laurez Moreira (PSDB), e o empresário Edson Tabocão (PSD). O congressista apenas disse que “quem é amigo vai estar junto”, emendando a fala com elogios ao presidente do Podemos. “Dos políticos que temos disponíveis do Estado, Dimas é um dos mais brilhantes na questão de planejar, executar. Não estou fazendo isto para puxar o saco, porque não precisa”, disse.
Grupos são formados para afastar um dos outros
Após exaltar o ex-prefeito de Araguaína, Gomes ponderou que as discussões sobre o processo eleitoral ainda estão “no começo do começo”, questionando a formação de frentes já neste período. “Todos os dias existem pessoas interessadas em criar nichos, grupos, não com objetivo de disputar uma eleição, mas para afastar um dos outros. Eu não vejo necessidade disso porque conheço milhares de pessoas – não são centenas – que tem todas as razões de estar junto com a gente no ano que vem”, disse o senador, sem detalhar qual é este conjunto que pertence.
Melhor capacidade de compor resulta em maior desenvolvimento
Para iniciar a defesa de uma ampla aglutinação de forças, Eduardo Gomes citou o exemplo da União do Tocantins, mesmo admitindo alguns problemas. “Houve um período em que o [ex-governador] Siqueira [Campos] conseguiu fazer o maior desenvolvimento do Estado em cima da capacidade que tinha de compor com os grupos. Acho que, na parte política, houveram alguns erros, mas foi um período de grande benefício para o Estado”, comentou o senador, que avalia que Ronaldo Dimas fez algo semelhante em Araguaína quando prefeito.
Maior aliança possível
Contextualizando com as eleições de 2022, o senador afirmou que a “única coisa que está definida” é que Mauro Carlesse não vai à reeleição, sem citar sobre a possibilidade do governador ir ao Senado ou não. Eduardo Gomes voltou a contestar a separação dos grupos e saiu em defesa da união, novamente exaltando o ex-prefeito de Araguaína. “Se a gente projetar duas ou três eleições, falta gente pros cargos. Só um maluco trabalha para dividir. Não preciso falar para ninguém da capacidade que o Ronaldo tem para governar este Estado. O que a gente precisa? E eu não vou abrir mão disso. A gente precisa construir a maior aliança possível e entender que, em algum momento, todos nós estivemos juntos”, concluiu.
Veja o discurso: