A empresa ECV de Alencar, responsável pelo serviço de comunicação da campanha do ex-candidato da Rede Sustentabilidade Márlon Reis, cobra na Justiça uma dívida de R$ 610 mil. O valor é 2,5 vezes o que o ex-candidato declarou à Justiça Eleitoral ter gasto, cerca de R$ 240 mil. O então vice na chapa de Marlon Reis, ex-deputado estadual José Geraldo, também é parte do processo.
Conforme a empresa, até o dia 6, Marlon e José Geraldo não haviam apresentado o contrato da ECV de Alencar como parte da prestação de contas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Segundo a empresa, o contrato foi apresentado à Justiça Eleitoral dois meses após o fim da eleição. A audiência está marcada para as 9h20 desta terça-feira, 18, na sala de conciliação do Juizado Especial de Palmas, no Fórum da Capital.
Durante a campanha, outra empresa, a Gemma Propaganda e Marketing Arruda e Guedes foi à Justiça por um dívida de R$ 32 mil referente à eleição suplementar de junho. O débito levou o então candidato a ser cobrado publicamente, durante reunião, na campanha para as eleições ordinárias de outubro.
O outro lado
Ao CT, Márlon afirmou que a dívida foi declarada à Justiça Eleitoral “após esgotadas diversas tentativas de acordo, não aceitas pela empresa”. “O valor da dívida será agora definido pelo Poder Judiciário e será paga quando isso ocorrer”, garantiu.
Ele disse que sua expectativa era de apresentar essa conta à Justiça Eleitoral “devidamente equacionada”. “Mas, como não houve acordo, declarei o valor unilateralmente fixado pela empresa, ressalvando não ser esse o débito final. A declaração do débito foi feita dentro dos prazos previstos na resolução que rege a matéria. A inclusão do José Geraldo nessa demanda é uma aventura jurídica. Ele não teve qualquer participação nesse contrato”, defendeu o ex-candidato da Rede.
A empresa, por sua vez, defende que o valor não foi o “unilateralmente” fixado por ela, mas que cobra “o que está no contrato devidamente assinado pelo então candidato Marlon Reis”. Ainda de acordo com aECV de Alencar, José Geraldo foi incluído no processo não como uma “aventura jurídica”. “O então candidato a vice de Marlon foi beneficiado diretamente com o trabalho realizado pela empresa, já que o serviço foi oferecido para a chapa majoritária composta por Marlon como candidato ao governo e José Geraldo como vice”, afirma a empresa em nota.
- Matéria atualizada às 8h31 de 18.12.18