O ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz morreu na manhã desta quinta-feira, 27, aos 82 anos. O velório acontece no Memorial JK, na região central de Brasília. A despedida vai até as 10 horas desta sexta-feira, 28, quando será celebrada uma missa no memorial. O corpo de Roriz será sepultado no cemitério Campo da Esperança, na capital. O político morreu depois de um infarto do miocárdio.
Roriz começou a carreira política em 1962, como vereador de sua cidade natal, Luziânia, município goiano no Entorno do DF. Em 1991, assumiu o Executivo do DF, onde governou por 14 anos. Sua administração foi marcada pelo populismo de ações voltadas à moradia dos mais pobres, com políticas de distribuição de pão e leite e a construção de nove cidades. Outra marca dos quatro mandatos foram as obras viárias, como a construção da ponte JK e o Metrô que também mantiveram sua popularidade alta, apesar das inúmeras denúncias de desvios de verbas e superfaturamentos que recaíram sobre seus governos.
A trajetória de Roriz foi lembrada por diversos políticos que usaram as redes sociais ao longo de toda a manhã. O governador do DF, Rodrigo Rollemberg, decretou luto oficial de três dias e atribuiu a Roriz parte da história de Brasília. Segundo ele, escrita por Juscelino Kubitscheck, que a fundou, e pelo ex-governador que “a consolidou”. O presidente Michel Temer lamentou a morte do ex-governador e destacou suas obras.
O Palácio do Buriti foi colocado à disposição para o velório, mas a família optou por usar outro espaço. A última passagem de Roriz pelo palácio foi em 2006, quando abriu mão do Executivo para se candidatar ao Senado. Foi eleito, mas renunciou cinco meses depois de assumir o cargo, em julho de 2007, para evitar processo por quebra de decoro parlamentar que tramitava contra ele no Conselho de Ética da Casa.
Pelo mesmo processo que ficou conhecido como Bezerra de Ouro, Joaquim Roriz foi condenado pela Justiça do DF em segunda instância em 2015. O caso tratava de dois cheques descontados no Banco de Brasília (BRB) no valor de R$ 2,2 milhões que pertenciam ao fundador da GOL, Nenê Constantino. A defesa argumentou que o dinheiro foi emprestado para a compra de embrião de uma bezerra de raça, em São Paulo. (Carolina Gonçalves, da Agência Brasil)