A executiva estadual da Rede Sustentabilidade, partido do pré-candidato a governador Márlon Reis, se reunirá na noite desta quinta-feira, 26, para discutir as possibilidades de aliança que estão sendo discutidas pelos porta-vozes do partido. A data provável da convenção da sigla é dia 3 de agosto. Mas dependem das conversações que seguem aceleradas.
São quatro propostas de alianças sobre as quais a Rede terá que se debruçar. A conversa já está bem adianta com o PV, que chegou a se manifestar numa carta pública em que avaliou sua decisão de apoio a Márlon como “uma das mais acertadas”.
Conforme esses porta-vozes do pré-candidato da Rede, a negociação com o PT também ganhou ritmo. O presidente do partido, deputado estadual José Roberto, chegou a descartar uma aliança com a Rede, mas, após romper com o ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB), os petistas reavaliaram.
Outra conversa em andamento é com a presidente do Pros, deputada federal Josi Nunes. Também é vista com um nome leve por todas as frentes. Josi negocia também com Amastha e com o governador Mauro Carlesse (PHS).
Irajá ao Senado
O debate mais polêmico e difícil está sendo feito com o grupo da senadora Kátia Abreu (PDT), que traria junto PSC, Patriotas e PSD. A polêmica reside no fato de o grupo impor o nome do deputado federal Irajá Abreu (PSD) ao Senado.
Se aceitar, Márlon se verá diante da difícil tarefa de fazer o eleitor aceitar ter mãe, Kátia Abreu, e filho, Irajá, como representantes do Tocantins no Senado.
Essa é a discussão que enfrenta maior resistência. No próprio grupo de Kátia há importantes nomes que discordam e avaliam que a iniciativa é inoportuna num tempo em que a familiocracia está sendo questionada pelo eleitorado. Entre os aliados de Márlon, a rejeição é total. A Rede não vê problema em dar vaga de senador aos katistas, mas desejam que outro nome seja indicado por eles, como o deputado estadual Osires Damaso (PSC) ou o empresário Marco Antônio Costa, que está sendo cogitado.
Mas a necessidade de obter capilaridade pode falar mais alto e o grupo de Márlon se ver obrigado a se sujeitar à imposição de Kátia. Contudo, a Rede insiste que, ainda assim, não alteraria os valores e princípios do projeto de seu pré-candidato. O problema será convencer o eleitor disso.