Nos últimos dias, muito tem se falado do significado dos “não votos”, termo que vem sendo usado para designar os votos brancos, nulos e abstenções registrados nas eleições suplementares. Ao tempo em que quero evidenciar alguns dados, também busco apresentar uma outra visão àqueles que insistem em questionar a representatividade política do Governador eleito.
Sem dúvidas essa foi uma eleição diferente, com aspectos nunca antes experimentados aqui no Tocantins. Uma eleição sem contar com a grande mobilização das dezenas de candidatos a Deputado Federal e Estadual. Sem os candidatos ao Senado e sem a agitação que normalmente envolve a disputa presidencial. Esses seriam ingredientes mais que válidos, para justificar um menor interesse e engajamento por parte do eleitor, mas será que os números confirmam isso?
Carlesse foi eleito com o apoio de 368.553 eleitores, o que representa, aproximadamente, 36,2% do total de 1.018.329 eleitores que estavam aptos ao voto na eleição suplementar. Mas esse percentual foi o mesmo alcançado pelo ex-governador Marcelo Miranda em 2014, quando obteve 360.640 votos de um total de 996.379 eleitores aptos, isto é, 36,2%.
[bs-quote quote=”Muitas declarações daqueles que se auto-intitulam especialistas ou mesmo de alguns agentes políticos derrotados nas eleições suplementares não encontram sustentação diante da realidade dos números” style=”default” align=”right” author_name=”ROBSON FERREIRA” author_job=”É secretário-geral do Progressistas no Tocantins” author_avatar=”https://clebertoledo.com.br/wp-content/uploads/2018/06/RobsonFerreira60.jpg”][/bs-quote]
Seguindo essa linha de raciocínio, ao voltarmos um pouco mais no tempo e pegarmos como exemplo as eleições de 2010 e 2006, os governadores eleitos também tiveram o apoio de menos de 40% dos eleitores aptos.
Em 2010 o ex-governador Siqueira Campos foi eleito com 36,9% (349.592 votos de 947.906 eleitores) e Marcelo Miranda, em 2006, obteve 38,6% (340.824 votos de 882.728 eleitores).
Podemos até mesmo comparar esta eleição suplementar estadual com as eleições municipais que, normalmente, possuem maior apelo e participação dos eleitores. Na nossa Capital, Palmas, o ex-prefeito Carlos Amastha foi eleito em 2012 e em 2016 também com apoio inferior a 40% dos eleitores aptos.
Em 2012 obteve 59.680 votos, o que representou 39,6% do total de 150.526 eleitores. Já em 2016 elegeu-se com 68.634, ou 39,8%, de 172.344 eleitores.
Após explanar alguns dados comparativos e proporcionar ao leitor uma nova visão do processo eleitoral tocantinense que findou-se no último domingo, dia 24 de junho, acredito que chegou a hora de virarmos essa página.
Muitas declarações daqueles que se auto-intitulam especialistas ou mesmo de alguns agentes políticos derrotados nas eleições suplementares não encontram sustentação diante da realidade dos números. São declarações que partem de pessoas que ou pecam pela desinformação ou pela má fé. Os motivos são muitos, mas o principal talvez seja o inconformismo com a expressiva vitória de Mauro Carlesse na eleição suplementar, que foi uma clara demonstração de que os eleitores depositam nele, a esperança de dias melhores para o nosso Estado.
Carlesse tem grandes desafios à enfrentar e o tempo é curto, por isso Carlesse segue em frente, adotando as medidas necessárias para garantir ao Tocantins um longo ciclo de estabilidade e desenvolvimento. A maioria escolheu o Humanista como Governador. A maioria escolheu o “Novo”. Escolheu alguém que representa aquilo que mais se aproxima do ideário do povo tocantinense: a simplicidade, o empreendedorismo e a capacidade de vencer na vida através do seu trabalho, mesmo diante de tantas dificuldades.
Aos derrotados e aqueles que não tiveram ainda a oportunidade de votar em Mauro Carlesse, pedimos o voto de confiança. Pois enquanto alguns continuam insistindo em falar, o que Mauro Carlesse quer é trabalhar.
ROBSON FERREIRA
É secretário-geral do Progressistas no Tocantins e foi o coordenador político da coligação Governo de Atitude, do governador eleito Mauro Carlesse (PHS).