O governador eleito do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), anunciou na manhã desta sexta-feira, 31, o nome de cinco futuros componentes da estrutura administrativa do Estado e surpreendeu ao confirmar Nésio Fernandes (PCdoB) como próximo secretário estadual da Saúde. Membro da equipe do ex-prefeito Carlos Amastha (PSB) na Capital, o comunista admite indicação do pessebista.
Nésio Fernandes contou ao CT que está há dois meses no Espírito Santo prestando serviços consultoria em saúde para o Estado a pedido da Fundação João Mangabeira (FJM), instituição do Partido Socialista Brasileiro (PSB). O comunista afirma que acabou “surpreendido” com o convite do governador eleito. Segundo o tocantinense, a futura nomeação dele e da “cota pessoal” do Renato Casagrande e que é “totalmente técnica e profissional”.
O ex-secretário de Palmas também admitiu que houve influência de Carlos Amastha na decisão de Renato Casagrande. “Este gesto demonstra grandeza e as grandes virtudes que possui. Sou eternamente grato à oportunidade que me deu na Capital, e novamente tenho uma dívida eterna com ele. Não teve um dedinho [do ex-prefeito], teve as duas mãos”, afirmou.
Nésio Fernandes ainda fez questão de afastar “qualquer tipo de mágoa” com o ex-prefeito após o processo. Chateado com a imposição de chapão para a disputa proporcional na chapa do então candidato a governador Carlos Amastha, o PCdoB – junto com o PTB – decidiu abandonar o palanque do pessebista e se aliou a Márlon Reis (Rede). Segundo o comunista, a situação na eleição se deu por “questões muito mais complexas e profundas”.
Por fim, o Nésio Fernandes garantiu que sua vida “político-partidária” está no Tocantins. “Eu não tenho nenhuma expectativa de ter militância ou contribuições eleitorais no Espírito Santo. Os meus vínculos políticos estão no Estado”, encerrou.