O presidente da Comissão Provisória do União Brasil em Palmas, deputado federal Carlos Gaguim (UB), não gostou nada do manifesto assinado pela deputada estadual Vanda Monteiro e Eduardo Siqueira – pré-candidatos a prefeito da sigla – que questiona a legalidade da composição da direção metropolitana. “Em primeiro lugar, eles não têm moral para questionar nada do partido”, decretou.
DESCUMPRIMENTO DE ACORDOS
O principal alvo de Carlos Gaguim foi Vanda Monteiro, com quem tem relação partidária desde o antigo Partido Social Liberal (PSL). O congressista afirma que a correligionária descumpriu acordos por duas eleições seguidas [2020 e 2022]. “Eu que dei o PSL para ela, em 2020, com o compromisso dela sair candidata e ajudar a chapa de vereadores, e não colocar ninguém dela como candidato. E o que ela fez? Pegou o dinheiro e socou todo no esposo [vereador Márcio Reis] e irmão. Deixou os outros a verem o navio. Não cumpriu”, pontuou.
PRETERIDO POR ANTÔNIO ANDRADE
O outro caso citado por Carlos Gaguim foi o pleito do ano passado, quando o PSL e o Democratas já estavam unidos para formar o União Brasil. Desta vez, o dirigente critica a opção de Vanda Monteiro por candidato à Câmara de outra sigla. “Poderia ter sido expulsa por infidelidade – porque ela não apoiou o deputado Gaguim. […] Não tem moral para falar. Ela foi uma traíra, traiu o partido, apoiou o [deputado federal] Antônio Andrade [Republicanos]. Quando mais precisei, usou o dinheiro do partido e apoiou o Antonio Andrade”, afirmou.
CONVIDOU JANAD SIM COM ANUÊNCIA DE DORINHA
Carlos Gaguim reforça que convidou a deputada estadual Janad Valcari (PL) a ingressar no União Brasil. “Porque foi correta comigo, me apoiou”, esclareceu. O deputado federal ainda afirma que a movimentação pelo ingresso da liberal no partido contou com a anuência de Dorinha Seabra. “Isto está acertado”, acrescentou. O dirigente voltou a citar Vanda Monteiro ao afirmar que o candidato a prefeito só será definido futuramente. “Vamos decidir quem vai ser o candidato é lá na frente, agora a Vanda, se depender de mim, pode caçar outro partido para ser candidata. Se depender de mim não será [pelo União Brasil]”, decretou.
EDUARDO DEIXOU A VIDA PÚBLICA
Quanto a Eduardo Siqueira Campos, Carlos Gaguim questiona a movimentação do correligionário logo depois de ter anunciado a aposentadoria da carreira política. “Não tem moral também para assinar, para falar de diretório. Ele deixou a vida pública. Teve oito anos de mandato e não colocou um centavo em Palmas”, disse em relação ao mandato dele como senador (1999 a 2006).