O deputado federal Carlos Gaguim (DEM) reagiu à crítica que a coordenadora da bancada federal, senadora Kátia Abreu (Progressistas), fez à postagem da assessora dele no grupo de WhatsApp da Associação Tocantinense de Municípios (ATM), pedindo que os prefeitos “façam um trabalho maciço de divulgação da entrega das máquinas nos seus canais de comunicação”. “Pedimos porque trabalhamos 24 horas para a liberação desses recursos, e aviso desde já que, se houver algum problema daqui a pouco para a entrega dessa maquinário, a culpa será da senadora Kátia Abreu”, disse Gaguim.
100 vezes ao ministério
Ex-coordenador da bancada, o parlamentar contou que faz um ano que os prefeitos ligam para ele cobrando a entrega das máquinas. “Fui 100 vezes aos ministérios e, com o apoio do senador Eduardo Gomes [MDB], falamos com o presidente Bolsonaro, quem eu apoio e, às vezes, sou o único da bancada que vota a favor das matérias dele. Tem o ônus, mas também o bônus”, ressaltou.
Nem tão cedo
Gaguim ainda lembrou que a senadora Kátia chegou a ir à Polícia Federal quando ele, com o apoio do governador Mauro Carlesse (DEM), decidiu reduzir os itens de licitação dessa emenda de 53 para apenas 5. “Até o ministro me disse que com 53 itens nem tão cedo conseguiríamos fazer a licitação”, afirmou.
Perderam R$ 100 milhões da ponte
Para Gaguim, a oposição a Carlesse quer fazer “o que fizeram com a ponte de Xambioá, perderam R$ 100 milhões, e ainda perderam dinheiro de asfalto”. “Nós trabalhamos em defesa do Estado, sem politicagem, ao contrário deles, que trabalham contra o Tocantins”, disparou.
Histórico de divergências
Gaguim e Kátia Abreu se desentenderam pela primeira vez quando o deputado assumiu o governo do Tocantins em 2009, após a cassação do ex-governador Marcelo Miranda (MDB), pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os dois voltaram a se aproximar no último governo Marcelo. Foi nessa época que eles e o senador Irajá Abreu (PSD), então deputado federal, em 2017, se colocaram contra a destinação de R$ 45 milhões dos congressistas para Araguaína, e não assinaram as emendas de bancada, entre elas as que destinava recursos para aquisição de maquinário para os municípios tocantinenses. “Não assinei as emendas porque sempre disse que estava errada a forma, tinha que ser do ministério para os municípios e não para o Estado”, defendeu. Kátia e Gaguim voltaram a se desentender quando a senadora se afastou o governo Carlesse, do qual o deputado é um dos aliados mais próximo.