O deputado Professor Júnior Geo (PROS) utilizou a tribuna na última semana para solicitar maiores investimentos em fiscalização de trânsito. O parlamentar ressaltou que o investimento na área causa a redução de acidentes de trânsito e, consequentemente, de gastos com saúde e previdência em todas as esferas.
“Nós temos um custo relacionado ao trânsito que corresponde a 5% do PIB do Brasil. Podemos afirmar que se tiver um investimento adequado, nós teremos uma redução de gastos e um desafogamento dos hospitais públicos aqui no nosso Estado”, disse. Segundo Geo, só no ano de 2018, o Brasil teve um custo de 340 bilhões com acidentes de trânsito. Foram 228 mil pessoas que se tornaram inválidas, 328 mil indenizações, totalizando 38 mil mortes.
“Não adianta falar em investir em saúde para resolver o problema de acidentes e cirurgias com grande necessidade hoje no Hospital Geral de Palmas e outros hospitais públicos que atendem o estado e fora do estado, se não fizermos a prevenção. Quer desafogar os hospitais? Que se faça investimento no setor de trânsito. “, ressaltou o deputado.
Concurso público para fiscais e a relação com os acidentes
O Professor Júnior Geo lembrou que o último concurso público para fiscais de trânsito ocorreu há 5 anos. Segundo dados que o parlamentar recebeu dos próprios fiscais, em 2013 não havia agentes fiscais de trânsito no Tocantins e foram registrados 12.109 acidentes. Em 2014, 12.636 acidentes. Mas com a atuação efetiva dos agentes de fiscalização de trânsito, houve uma redução de 31% em 2015, totalizando 8.774 acidentes. Os números tornaram a reduzir mais 29% em 2016, totalizando 6.249 acidentes. Em 2017 reduziu 33% a mais e os acidentes chegaram a um total de 4.185.
De mais de 12.600 antes da implantação efetiva dos agentes de fiscalização, houve uma redução para pouco mais 4 mil acidentes de trânsito. “Isso refletiu diretamente na redução de gastos com a saúde pública do Tocantins”, afirma Geo sobre o salário de um agente de fiscalização ser inferior a 2 mil reais, recebendo um valor líquido de aproximadamente R$ 1.600, portanto, o investimento seria menor.
“É preciso fazer o investimento necessário, a valorização necessária dos agentes de fiscalização de trânsito para poupar vidas, reduzir despesas e melhorar o desenvolvimento do Tocantins”, destacou.
Para o deputado, é exatamente em função da baixa remuneração, da ausência de investimento e de valorização profissional que o efetivo dos agentes foi reduzido pela metade e com a redução do efetivo, houve um aumento para o ano de 2018 de 81% dos acidentes em relação ao ano anterior, totalizando 7.590. (Da assessoria de imprensa)