Na entrevista exclusiva que concedeu nesta quarta-feira, 9, ao quadro Conversa de Política, da Coluna do CT, o senador Eduardo Gomes (PL) atribuiu a resistência de líderes ao seu pré-candidato a governador Ronaldo Dimas (PL) a duas razões. A primeira dela é à dependência que os municípios têm em relação ao governo do Estado, o que obriga seus prefeitos a cultivarem uma convivência com o Palácio Araguaia; e a segunda é o que classificou de “bullying político”.
Todos em condições iguais
Sobre a primeira razão, Gomes lembrou que ela tem data para ser eliminada, uma vez que, a partir de 2 de julho, o governo do Estado estará sob as restrições impostas pela legislação eleitoral, como não poder nomear e exonerar. “O calendário eleitoral diz o seguinte: a partir do próximo mês todos estão em condições iguais colocas pela Justiça Eleitoral. Faltam 24 dias para que as pessoas tenham condição de enxergar os candidatos dentro de suas complexidades e dentro de sua autonomia”, afirmou o senador.
Tática dos adversários
Em relação ao “bullying”, Gomes disse Dimas sofre uma tática dos adversários de tentarem desqualificá-lo. “Mas tem uma história recente que mostra o seguinte: primeiro, o Ronaldo foi um prefeito com oito anos de mandato, que teve uma gestão muito bem avaliada, conseguiu eleger seu sucessor, tudo isso num sentimento de quem trabalhou bem. […] A pessoa quer colar em você determinado título, mas a sua história não deixa, porque a sua história é completamente diferente”, defendeu.
Dorinha e Dimas
Sobre a declaração de sua pré-candidata a senadora, Dorinha Seabra Rezende (UB), de que não pode decidir qual nome apoiar para o governo do Estado, Gomes disse que “existem alguns ajustes de alinhamento político” que vêm sendo trabalhado e lembrou que ela é pré-candidata também de muitos partidos grandes. Por fim, o senador avaliou que a identidade de palanque é definida pelo eleitor, e isso é detectado em pesquisa. “Então, observando isso, cruzando pesquisas e vendo o relacionamento das pessoas no dia a dia, eu não posso trabalhar com outra hipótese que não seja de um grande encontro de um grupo de partidos que respeitam a democracia, respeitam a política, que respeitam o Tocantins”, afirmou.
Até dia 20 no TO
Gomes contou que está em meio ao debate nacional sobre a questão dos preços dos combustíveis, mas que pretende vir para o Tocantins até o dia 20 e ficar pelo Estado até as eleições. “Durante todo o recesso e, se for necessário, tiraremos a licença para ajudar esse processo até o dia 2 de outubro”, disse.
Candidato é mesmo Dimas
Ao final da entrevista, o senador reforçou: “Não há possibilidade de colocar a minha candidatura porque o partido que eu represento terá um candidato a governador, que é Ronaldo Dimas. Então, não há possibilidade porque o meu candidato é Ronaldo Dimas, e espero que de mais pessoas, e vou trabalhar para que a gente faça uma forte aliança em torno deste nome”, avisou.
Sem “cavalo de pau”
Ele se disse “muito tranquilo” com essa decisão de não disputar as eleições de 2022. “Porque ela foi muito bem estruturada, numa carreira política e história que não envolve só política. Envolve amizade, fidelidade, coerência. As pessoas podem esperar tudo de mim, menos um ‘cavalo de pau’. Estar um dia num palanque, noutro dia em outro, isso nunca foi uma característica nossa”, aproveitou para alfinetar.
Assista a íntegra da entrevista: