Os oito deputados federais e a senadora eleitos pelo Tocantins em 2 de outubro tomarão posse nesta quarta-feira, 1º, em Brasília. Três representantes do Estado na Câmara foram reeleitos e cinco são novatos, o que significa um índice de renovação de 62,5%.
COMPOSIÇÃO
Foram reeleitos Carlos Gaguim (UB), Eli Borges (PL) e Vicentinho Júnior (Progressistas). São quatro novatos: Antônio Andrade (Republicanos) – o mais bem votado –, Alexandre Guimarães (Republicanos), Ricardo Ayres (Republicanos) e Filipe Martins (PL). Além deles, um veterano, Lazaro Botelho (Progressistas), está retornando à Câmara, curiosamente, com uma votação muito inferior à de 2018. Ele fez agora 13.606 votos contra 40.270 há quatro anos.
NÃO VOLTAM
Não voltarão os deputados Célio Moura (PT), Dorinha Seabra Rezende (DEM) – eleita senadora –, Dulce Miranda (MDB), Osires Damaso (PSC), que focou até as convenções em sua pré-candidatura a governador; e Tiago Dimas (SD), filho do candidato a governador derrotado Ronaldo Dimas (PL).
SEM MULHERES
Esta composição da bancada federal não contará com nenhuma mulher. A última vez que isso ocorreu foi há 24 anos, em 1998. Antes, a bancada havia sido totalmente masculina em 1988 e em 1990.
DOLORES, A 1ª MULHER
Em 1994, a primeira deputada federal eleita pelo Estado foi Dolores Nunes. Em 2002, foi a vez de Kátia Abreu, em 2006 de Nilmar Ruiz e em 2010 de Dorinha.
AS MULHERES NAS ÚLTIMAS ELEIÇÕES
Em 2014 foi eleito o maior número de mulheres: Dulce Miranda, Dorinha e Josi Nunes. Em 2018, duas delas permaneceram na Câmara, Dorinha e Dulce.
MAIOR VOTAÇÃO DO TO
A deputada federal Dorinha Seabra Rezende (União Brasil) foi eleita senadora em 2 de outubro com 50,42% dos votos válidos, somando um total de 395.408 votos, a maior votação da história do Tocantins. Antes dela, o senador João Ribeiro, falecido em 2013, fez 375.090 em 2010. A atual titular da vaga, Kátia Abreu (Progressistas), ficou em segundo lugar com 18,50% (145.104 votos), e deixa o Senado após 16 anos.
DE VOLTA À COORDENAÇÃO
Como coluna Em Off antecipou, Dorinha deve reassumir a coordenação da bancada federal.
MAIORIA COM PALÁCIO
O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) não deve ter problema de relacionamento com essa bancada federal. Ao seu lado se elegeram seis deputados e a senadora Dorinha. Os dois do PL, Eli e Filipe, devem manter bom trânsito com o Palácio; e Wanderlei já está bem próximo do senador Eduardo Gomes (PL).
FIRME NA OPOSIÇÃO
O único que deve se manter firme na oposição ao governo do Estado é o senador Irajá (PSD), que vinha elogiando o desempenho de Wanderlei até pouco antes do início da campanha eleitoral do ano passado, mas passou a fazer duras críticas quando se lançou candidato a governador, postura que vem mantendo mesmo após a derrota de outubro.