A sessão da Câmara de Palmas da manhã desta quarta-feira, 27, ficou marcada pelo consenso entre os vereadores de base e oposição. A pauta em questão foi a Cantão Vigilância e Segurança, que estaria atrasando os salários dos colaboradores frequentemente, além de não cumprir com as contribuições ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e ao Fundo de Garantia (FGTS), conforme relatado pelos parlamentares. O tema foi inicialmente abordado por Rogério Freitas (PSD), mas todos que tiveram uso da palavra criticaram a empresa.
QUE AMOR É ESTE?
Rogério Freitas foi à Tribuna para questionar a relação do Paço com a empresa e condenou uma renovação do contrato, firmado sem processo licitatório. “Os prestadores de serviço tem enfrentado dias difíceis. Não posso eximir a prefeita [Cinthia Ribeiro, PSDB] da responsabilidade. A prefeitura é solidária. Diga a todos nós, qual é o amor que a prefeitura tem para com a Cantão, que tem prestado um desserviço. Que medo é este de licitar? O desprezo e descaso para com estes colaboradores não pode e não passará desapercebido”, garantiu.
PÉSSIMO SERVIÇO
O presidente da Câmara de Palmas, Folha Filho (PSDB), pediu uma parte do pronunciamento do opositor e duvidou que o Paço teria renovado o contrato. “Não acredito que renovou contrato com um péssimo serviço”, pontuou. O tucano citou que a secretária de Planejamento, Mila Jaber, lhe garantiu que está em andamento um processo de licitação para contratação de uma nova empresa. Apesar disto, o parlamentar ingressou na fila dos insatisfeitos e se dispôs a buscar uma solução. “Hoje vamos sair daqui e vamos lá. Para verificar isto logo. Não é sentimento de situação ou oposição. A empresa precisa ser responsabilizada”, defendeu.
NÃO ACEITAMOS CALOTEIRO
Iolanda Castro (PTB) e Eudes Assis (PSDB), ambos da base, engrossaram as críticas. “Vamos tomar as providências. Esta situação não pode se repetir. Deixo meu modo de apoio a todos os colaboradores da empresa. Não aceitamos caloteiro prestar serviço no nosso município. Palmas não é quintal deles não”, disparou o tucano. Da oposição se manifestam Jucelino Rodrigues (PSDB), Jotan de Jesus (Cidadania), que defendeu a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), e Rubens Uchôa (UB), que garantiu que a Prefeitura de Palmas renovou sim com a Cantão, ainda em agosto, quando acabou o primeiro contrato. A sessão foi suspensa para que os vereadores se encontrassem com os colaboradores da empresa.
A Coluna do CT tentou contato telefônico com a empresa, mas não obteve sucesso. O espaço está aberto para manifestação.
Confira o debate:
