A Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial Contra a Administração Pública (Dracma) deflagrou na manhã desta sexta-feira, 3, a segunda fase da Operação Jogo Limpo. Ao todo, a Polícia Civil (PC) cumpre 26 mandados de prisão temporária. Entre os alvos estão o presidente da Câmara de Palmas, Folha Filho (PSD) e os vereadores Rogério Freitas (MDB) e Major Negreiros (PSB), além do ex-parlamentar da Capital Waldson da Agesp.
Outros 31 mandados de busca e apreensão também estão sendo cumpridos. Além dos políticos citados, presidentes de associações, empresários e servidores públicos [confira a lista no fim da matéria] também são suspeitos de estarem envolvidos em esquema criminoso de desvio de verbas públicas através da realização de convênios entre entidades do terceiro setor e a Fundação de Esportes e Lazer de Palmas (Fundesportes), bem como Secretaria de Governo e Relações Institucionais (Seagri).
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As prisões e buscas foram realizadas em Palmas, Goiânia, Fortaleza do Tabocão e Aparecida do Rio Negro. Segundo a Polícia Civil, empresas fantasmas emitiam notas fiscais frias para justificar despesas e serviços não realizados na prestação de contas dos convênios, sendo que os valores recebidos eram desviados para servidores públicos, presidentes de entidades, empresários e agentes políticos.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP), a segunda fase da Operação Jogo Limpo contou com o apoio de 40 delegados e mais de 110 policiais civis oriundos de 9 delegacias regionais.
Desvios de até R$ 7 milhões
A primeira fase da Operação Jogo Limpo foi deflagrada em fevereiro deste ano. Na época, a Polícia Civil confirmou que o esquema causou um rombo de R$ 3 milhões, mas esclareceu que os desvios poderiam chegar a R$ 7 milhões. Na época, dez entidades sem fins lucrativos que receberam recursos por meio de convênios com a prefeitura foram investigadas. Nenhum político tinha sido alvo até então.