A cobrança do prefeito de Araguaína, Wagner Rodrigues (UB), sobre os repasses do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) foi alvo nesta quarta-feira, 12, de críticas do deputado estadual Jorge Frederico (Republicanos). O gestor araguainense questiona se o Poder Executivo leva os municípios em consideração quando arrecada o tributo por meio dos Programas de Recuperação Fiscal (Refis). O tema foi abordado no quadro “CT Entrevista”. Entretanto, o parlamentar condenou a postura. “Fala politiqueira”, disse da Tribuna da Assembleia Legislativa (Aleto).
FOME GRANDE DE IMPOSTOS
Apesar do questionamento de Wagner Rodrigues ser relacionado aos Programas de Recuperação Fiscal, Jorge Frederico entende que o gestor “critica” os incentivos fiscais concedidos pelo Estado. “Coloca como se não fossem importantes”, afirma o deputado. “Uma fome tão grande de impostos, onde questiona o ICMS. E tenta criar uma onda em todos os municípios que não é verdadeira”, emendou o parlamentar.
SEM INCENTIVOS, EMPRESAS FECHARIAM AS PORTAS
Jorge Frederico seguiu abordando a política de incentivos fiscais do governo e defendeu que, se fosse retirada, “as portas fecham e criam um caos”. O parlamentar falou sobre o Refis uma única vez, mas no mesmo sentido de que empresas não estariam mais abertas caso a medida não fosse adotada.
QUER APARECER PARA O ANO QUE VEM
O deputado afirma que Wagner Rodrigues busca benefício político com a pauta. “Quer se entrar no processo eleitoral, aparecer para o ano que vem, mas esquecem daqueles que são os mais importantes: os tocantinenses que dependem das iniciativas privadas estarem funcionando, que dependem da boa política fiscal do Estado”, afirmou.
REPÚDIO
Jorge Frederico encerrou o pronunciamento com uma manifestação de repúdio contra Wagner Rodrigues. “Fica aqui o meu repúdio quanto a fala politiqueira, em formato onde coloca o empresário tocantinense contra a parede, como se fossem aproveitadores”, afirmou.
Confira o discurso do deputado estadual Jorge Frederico:
PREFEITO PREVIU POLITIZAÇÃO DO DEBATE
Wagner Rodrigues já tinha antecipado na entrevista concedida à Coluna do CT que o debate seria politizado, citando que isto ocorre sempre que o tema ganha holofotes. “Não é uma briga com o governador Wanderlei Barbosa, é uma discussão que a gente vem fazendo com o Estado do Tocantins. Pelos dados que a gente tem, isto se arrasta há 12, 14, 18 anos. Tem muito tempo, mas ninguém toca neste ponto. […] Não é uma questão pontual do partido A ou B. Toda vez que toco neste assunto, entram para o viés político, e não é. É contra um sistema que, ao nosso ver, não está adequado”, disse ao quadro “CT Entrevista”.
Confira: