Um encontro é um achado, uma descoberta. Pode acontecer, também, por acaso.
Mas pode ser resultado de uma busca ou de uma preparação, no intuito de encontrar.
O encontro é feliz se a pessoa encontrada é de grande valor, de muita estima, se é caro(a) ao nosso coração.
Felicidade que cresce, quanto mais for querido(a) aquele(a) que se encontrou.
Se o encontro é casual, a alegria se expande em apertos de mãos, abraços, explode em beijos e o interesse de um pelo outro, pela vida e pelos detalhes do outro, se manifesta em perguntas, porquês e confissões recíprocas.
Se o encontro vai se realizar em decorrência de uma busca, de cuidados, de preocupações, então todo um ritual se impõe.
O dia vira domingo, há festa no coração e há novo brilho no olhar
Há um encontro em cada palavra. Um olhar diferente para cada gesto e tudo se reveste de festa para o coração que se abre, como uma flor na primavera. Transformamo-nos em ipês floridos e coloridos, em jacarandás-mimosos, em todas as flores deste maravilhoso mundo, despertando alegrias e sonhos e compondo músicas que são a revelação suprema de toda sabedoria humana.
Um encontro só é bom quando se dá tudo que se tem e mais daria, se mais tivesse.
É encontrar e criar palavras que não existem.
O(a) outro(a) torna-se alma gêmea, nos dá a certeza da palavra oportuna, precisa.
O encontro só é bom se preencher as necessidades do nosso coração.
Assim é um primeiro encontro de verdade, não interessando onde acontece, se no meio de milhões de outras pessoas ou se sozinhos e quando descobrimos nos traços de uma mulher citadina ou simples do campo, as feições de anjo e a delicadeza das palavras, mas ao mesmo tempo bravia, livre como o vento que beija e ama as flores como estas amam a primavera, resistente como o aço e com ternura do orvalho da madrugada.
E quando encontramos essa pessoa que aceita nossas fraquezas e sabe exaltar nossas virtudes, temos que confessar e devo dizer da admiração por essa pessoa que nos completa, oferecendo e recebendo abraços e beijos apaixonados, pelo companheirismo e pela compreensão e que se transforma em confidente e musa das ilusões do nosso coração, que está e estará sempre renovando, no dia a dia, a alegria do primeiro encontro.
“Quem tem ouvidos que ouça, quem tem olhos que veja!”
JOSÉ CÂNDIDO PÓVOA
É poeta, escritor e advogado; membro-fundador da Academia de Letras de Dianópolis.
candido.povoa23@gmail.com