O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) na noite desta terça-feira, 31, por conta de um suposto esquema de pagamento de funcionários “fantasmas” em seu gabinete, que ficou conhecido como “rachadinha”.
Além do filho do presidente, a Justiça determinou a mesma medida contra outras 26 pessoas e sete empresas.
Por meio das redes sociais, ele se manifestou sobre o assunto.
“Na falta de fatos novos, requentam os velhos que obviamente não chegaram a lugar nenhum e trocam a embalagem para empurrar adiante a narrativa. Aos perdedores, frustrados por não ser o que sempre foram, restou apenas manipular e mentir. É o que mais acusam e o que mais fazem!”, postou em seu Twitter.
O caso é investigado desde julho de 2019 pelo Ministério Público e, segundo o órgão, “há indícios” que diversos funcionários do gabinete do vereador não cumpriam seus horários e repassavam grande parte dos salários para o vereador por meio de saques de dinheiro vivo.
No pedido do MPRJ para a Justiça, os promotores lembram que o “modus operandi” do esquema também foi detectado no gabinete de Flavio Bolsonaro, na época em que ele era deputado estadual.
Também nesse caso, há um processo em andamento na Justiça.
No processo, os promotores destacam que Carlos usou grandes quantias de dinheiro vivo por diversas vezes, como na compra de um apartamento em 2003, onde entregou R$ 150 mil em espécie.
A ação começou a tramitar após uma reportagem realizada em junho de 2019 pela revista “Época”, que mostravam que Carlos tinha empregado sete familiares de Ana Cristina Vale, ex-esposa de Jair Bolsonaro e que também teve os sigilos quebrados nesta segunda-feira. Conforme a matéria, ao menos dois dos parentes informaram que nunca tinham ido trabalhar no gabinete.
Carlos foi eleito pela primeira vez em 2001 e, desde então, tem seis mandatos consecutivos na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro.