Ex-senadora e ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a tocantinense Kátia Abreu (Progressistas) falou neste domingo, 13, em entrevista concedida ao Globo Rural, sobre os impactos do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT), no qual permaneceu fiel à ex-presidente até o fim. “E faria tudo de novo, mesmo com todos os prejuízos políticos e materiais que eu tive”, avisou.
PUNIDA PELA LEALDADE
Kátia Abreu conta que chegou ao Mapa do governo Dilma Rousseff por presidir a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e que a amizade surgiu somente depois. “Quando nós começamos a trabalhar, aí sim, veio admiração pessoal profunda, e uma amizade verdadeira, porque ela é uma mulher séria, que tem caráter e princípios. E uma coisa que para mim está acima de qualquer coisa é a lealdade. Fui punida pela minha maior qualidade, que é a honestidade, a lealdade”, pontuou.
MAIOR PREJUÍZO FOI ELEITORAL
Apesar de garantir que faria tudo de novo, a tocantinense entende que ter se posicionado ao lado de Dilma Rousseff a prejudicou politicamente. “Eleitoral [o maior prejuízo]. Urna. Eu me elegi duas vezes como senadora, o que é um grande feito. Nós só temos cinco mulheres reeleitas no Senado Federal em 200 anos, e eu fui uma delas. Mas é claro que as pessoas que tinham aversão ao PT confundiram tudo”, afirmou.