A Força Tarefa da Operação Lava Jato denunciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por lavagem de dinheiro em negócios na Guiné Equatorial, país da África Subsaariana.
Segundo a denúncia, o petista teria recebido R$ 1 milhão para intermediar discussões entre o governo do país africano e a empresa de construção civil ARG. A quantia teria sido dissimulada em forma de doações ao Instituto Lula entre setembro de 2011 e junho de 2012.
Também foi denunciado o controlador do grupo ARG, Rodolfo Giannetti Geo, por tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Lula também seria acusado pelo primeiro crime, mas, por ele ter mais de 70 anos, o delito prescreveu.
De acordo com o Ministério Público Federal, a empresa pediu que Lula interviesse junto ao presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, para garantir negócios no país. A denúncia se baseia em emails encontrados nos computadores do Instituto Lula.
O ex-presidente já foi condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no “caso triplex”. Lula ainda é réu em outros sete processos, sendo que já foi absolvido em um deles em primeiro grau.
Defesa
Por meio de uma nota, a defesa do petista afirma que a nova denúncia “segue a cartilha das acusações políticas e sem fundamento contra o projeto de país mais justo e soberano que tem em Lula seu maior símbolo”.
“Após quatro anos de perseguição, o Instituto Lula já foi extensamente investigado e teve toda sua contabilidade exposta. Restou provado que todas as doações recebidas foram legais, declaradas, registradas e que tiveram os devidos impostos recolhidos”, diz o comunicado.