Líder do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Congresso Nacional, o senador tocantinense Eduardo Gomes (MDB) participou nessa segunda-feira, 22, de um debate com jornalistas do Jornal da Record, transmitido pela internet pelo programa. As eleições municipais foi uma das pautas da discussão.
Adiar eleição pode não ser o suficiente
A pandemia de Covid-19 no País já faz o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) trabalhar com um calendário de votações entre novembro e dezembro deste ano, mas a avaliação de Eduardo Gomes é de que a medida “pode não ser o suficiente”.
Prorrogação de mandatos ganha força
Eduardo Gomes chega a demonstrar preocupação com a saúde dos próprios gestores, afirmando que existe 1.040 prefeitos que têm direito à reeleição com mais de 60 anos. O emedebista entende que isto é uma questão a ser considerada. Conforme o tocantinense, a prorrogação de mandatos não está descartada. “Essa possibilidade já começa a ganhar força, porque as pessoas começam a entender que não é possível mudar o imponderável”, avaliou.
Novo ministro tem que se envolver menos em política
Representante do governo federal, Eduardo Gomes também chegou a ser questionado sobre o substituto de Abraham Weintraub no Ministério da Educação (MEC), pasta que esteve sempre em crise na administração Jair Bolsonaro. O tocantinense esclareceu que o escolhido deve ter dedicação exclusiva a melhorias na pasta, com menos envolvimento nas discussões políticas. O senador antecipou que o secretário do Paraná, Renato Feder, está sendo avaliado como possível substituto.
Postura incompatível com o cargo
Eduardo Gomes não deixou de criticar o trabalho de Abraham Weintraub à frente do MEC. “Não só o campo ideológico, mas a forma de enfrentar a luta política se tornou incompatível com o cargo que exercia. Mas o importante é que o presidente agiu”, defendeu o líder do governo.
Queiroz é assunto para a Justiça do Rio
Ao comentar sobre a repercussão da prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), Eduardo Gomes defendeu que o tema não aparece entre as prioridades do Congresso Nacional. “Este assunto terá começo, meio e fim na Justiça do Rio de Janeiro”, diz. Questionado sobre uma possível instalação de uma Comissão de Ética, o parlamentar limitou-se a dizer que para isto ocorrer é necessária a representação de um parlamentar ou partido.
Veja a íntegra da entrevista: