O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato ao Palácio do Planalto e líder nas pesquisas, votou na manhã deste domingo, 2, na escola estadual João Firmino, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
Lula chegou em seu colégio eleitoral no bairro Assunção às 8h13 (horário de Brasília) e, após votar, beijou o comprovante e deixou a sala.
O ex-presidente estava acompanhado de seu candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), do candidato ao governo do estado de SP, o ex-prefeito da capital paulista Fernando Haddad (PT), e de Márcio França (PSB), que disputa uma vaga no Senado.
Lula lembrou que há quatro não conseguiu votar porque foi “vítima de uma mentira nesse país” e “estava detido na Polícia Federal exatamente no dia da eleição”.
“Tentei fazer com que a urna fosse até a cela pra eu votar, não levaram. E quatro anos depois, eu estou aqui, votando com reconhecimento da minha total liberdade e com a possibilidade de voltar a ser presidente da República, para tentar fazer esse país voltar à normalidade”, declarou Lula em coletiva após a votação.
O petista ainda defendeu que ele e Alckmin têm experiência de trabalhar na adversidade. “Não queremos mais discórdias, queremos um país que vive em paz”, declarou o petista. “Essa é a eleição mais importante. Estou muito feliz”.
Ao ser questionado sobre como governar para os bolsonaristas caso seja eleito presidente, Lula enfatizou que todos terão que se adequar.
“Eu penso que os bolsonaristas fanáticos vão ter que se adequar com a maioria da sociedade. A maioria quer paz. As pessoas não querem armas, querem que distribuam leite. Claro, vai ter algum que não vai querer se adaptar, mas a maioria da sociedade brasileira quer paz, trabalhar e viver bem”, concluiu.
Esta é a sexta vez que o petista concorre ao cargo de presidente da República, o qual já ocupou por dois mandatos consecutivos (2003-2011).
Nesse sábado, 1º, Lula participou de uma caminhada com apoiadores em São Paulo e pediu para a população ir às urnas para “ter autoridade moral de cobrar seus direitos”. Já em um ato no Rio de Janeiro, Lula classificou como uma “estupidez” a proposta do rival, Jair Bolsonaro (PL), de estudar a privatização da Petrobrás.