Depois de muito suspense, o candidato a governador da Rede Sustentabilidade, Márlon Reis, confirmou que seus candidatos a senador serão mesmo o deputado estadual Paulo Mourão (PT) e o deputado federal Irajá Abreu (PSD). As especulações de bastidores desse arranjo nas últimas de semanas, agora confirmadas, gerou muitas críticas ao candidato da Rede, já que essas alianças foram vistas como um abandono do discurso de mudança da política que ele fez na eleição suplementar.
Apesar da repercussão negativa que dominou as redes sociais com essas costuras, Márlon demonstrou otimismo com a campanha e disse que se sente “privilegiado em fazer parte desta coligação”. “Até a pouco me sentia presidente de um partido e agora me sinto exclusivamente membro de uma coligação que vai vencer as eleições de 2018”, garantiu.
O candidato ainda insistiu em que apresenta ao Estado “uma nova forma de fazer política”. Segundo Marlon, “há 30 anos houve a separação do Tocantins do Estado de Goiás e agora teremos outra divisão, que é deixar para traz a forma arcaica de fazer política”. “O que nos une é a missão de mudar o degrau da política e construir um Tocantins melhor para todos”, defendeu.
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PT e PSD aprovaram neste domingo, 5, o apoio à candidatura de Marlon Reis e a indicação de Paulo Mourão e Irajá Abreu ao Senado.
O presidente do PT, deputado estadual Zé Roberto, destacou sua “alegria pela adesão da militância petista à coligação”, o que vai garantir o objetivo do partido no Estado, que é eleger um senador, deputados federais e aumentar a bancada estadual na Assembleia Legislativa.
“Com transparência estamos trabalhando a construção deste projeto, que vai dar uma opção de desenvolvimento inclusivo ao nosso Estado e com a adesão da militância petista tenho certeza que entramos de corpo e alma nesta candidatura do Márlon Reis e do Irajá Abreu, como nos comprometemos com as nossas candidaturas”, disse Zé Roberto.
Dinastia de 30 anos
Irajá Abreu agradeceu o carinho e a recepção da militância do PT-TO e destacou que a chapa é formada com um caráter municipalista que vai ser vitoriosa. “O Márlon teve a sensibilidade de ver o momento que o Tocantins está vivendo e nesta união consolidada hoje vamos ter condições de apresentar um projeto que rompa com a dinastia que perdura no Tocantins há 30 anos”, salientou Irajá.
A mãe dele, senadora Kátia Abreu (PDT), e, em parte, o próprio parlamentar integraram quase todos os governos do Estado nessas três décadas. Irajá, por exemplo, foi secretário do último governo Siqueira Campos (2010-2014). Kátia começou a carreira política pelas mãos do siqueirismo ainda nos anos 1990 e era membro da União do Tocantins, conjunto de partidos liderados por Siqueira, até 2005.
Depois ela foi candidata a senadora de Marcelo Miranda em 2006. Irajá disputou as eleições de 2010 para deputado federal com Siqueira, quando a mãe dele foi a principal aliada do ex-governador. Em seguida Kátia e Irajá romperam com Siqueira e disputaram as eleições de 2014 ao lado de Marcelo Miranda, com quem também romperam ainda antes da posse.
Irajá também ponderou sobre a importância “da experiência de Paulo Mourão, que somada à coragem de Marlon vai fazer a transformação que o Tocantins precisa”.
Levante democrático
Para Mourão, “é possível nós construirmos e reconquistarmos nossos sonhos com um levante democrático que rompa com este estado de desesperança vivenciado nos corações dos tocantinenses”.
Segundo o pré-candidato petista ao Senado, “é possível voltar a sonhar e assim construir um estado justo e igualitário”.
Mourão foi secretário de Estado na segunda gestão de Marcelo Miranda (2007-2009) e candidato a deputado estadual ao lado do ex-governador em 2014. Chegou a ser líder de Marcelo na Assembleia em 2015, até romper com o emedebista. (Com informações da Assessoria)