Candidato a governador nestas eleições gerais pela “Frente Alternativa”, Márlon Reis (Rede) também disputou o Palácio Araguaia no pleito suplementar de junho, e por esta campanha está sendo acionado na Justiça por um dívida de R$ 32 mil com a empresa Gemma Propaganda e Marketing Arruda e Guedes. Recentemente, o governadoriável foi questionado publicamente por eleitora em reunião na Capital. Membro da coordenação falou brevemente com o CT sobre a situação.
Na inicial apresentada ao Juizado Especial Cível de Palmas, a Gemma Propaganda relata ter firmado um contrato no valor de R$ 50 mil no dia 25 de abril para criação de arte final de peças publicitárias necessárias para campanha suplementar. O prazo para prestação dos serviços encerrou no dia 3 de junho, mas apenas R$ 18 mil foram pagos. Márlon Reis chegou a ser notificado extrajudicialmente no dia 3 de setembro. Sem resultado, a empresa recorreu ao Poder Judiciário.
Consultado pelo CT, o Sistema de Divulgação e Contas Eleitorais (DivulgaCand) de Márlon Reis (Rede) após a prestação de contas final mostram uma dívida de campanha de R$ 164.689,03 na suplementar. O novamente candidato declarou ter arrecadado R$141.302,00 para o pleito, mas contratou R$248.764,61 em despesas. Deste valor apenas R$84.075,58 foi quitado pelo político do Rede Sustentabilidade.
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O CT também acionou Márlon Reis, mas não conseguiu contato direto com o candidato. Quem se manifestou foi Luzimar Lopes, membro da coordenação de campanha do governadoriável, que admitiu a dívida, mas destacou o fato das contas da suplementar terem sido aprovadas pela Justiça Eleitoral. Sobre o débito em si, o coordenador resumiu que os valores ficaram para a direção nacional do Rede Sustentabilidade quitar, mas nenhum prazo para isto acontecer foi dado.
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Questionamento público
A dívida de campanha gerou desconforto em reunião política na Capital. Uma internauta divulgou dois vídeos em que questiona Márlon Reis justamente sobre os débitos da suplementar. Segundo a eleitora, a campanha do Rede não acertou com todas as empresas e que três delas “tiveram que ir embora”. O candidato ainda é provocado pela declaração no evento de que considerou errada a ação da Gemma.
“Hoje o senhor disse que foi um equívoco cobrar o senhor. É um equívoco cobrar o que todo mundo passou trabalhando para o Ficha Limpa?”, questionou a eleitora. Márlon Reis justificou o comentário. “É que foi feita uma cobrança individual a mim, e não poderia. Era o partido”, resumiu o candidato, reforçando que o “ajuizamento da ação foi errada” e garantindo que não ficará nenhuma pendência.
Veja os vídeos abaixo: