O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi alvo de críticas na segunda-feira, 17, discorridas em uma carta assinada por 20 dos 27 governadores do País. Mauro Carlesse (DEM) não está entre eles. O texto é uma reação ao desafio feito aos estados pelo mandatário, quando vinculou a redução dos tributos da gasolina ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Produtos (ICMS) estaduais. A ofensiva ao governador da Bahia, Rui Costa (PT), após a morte do miliciano Adriano da Nóbrega pela Polícia Militar baiana também foi fator motivador da medida.
Boa relação
Mauro Carlesse tem mantido um bom relacionamento com o presidente da República, tanto que conseguiu trazê-lo para o Tocantins em dezembro do ano passado. Inclusive, o governador já foi convidado a ingressar no partido que Jair Bolsonaro tenta criar, o Aliança pelo Brasil. O alinhamento acontece até em relação a uma das críticas dos governadores na carta. O tocantinense já se disse disposto a discutir a redução dos ICMS.
Não contribui para a evolução da democracia
Para os 20 governadores que assinaram a carta, as manifestações do presidente “não contribuem para a evolução da democracia”. “É preciso observar os limites institucionais com a responsabilidade que nossos mandatos exigem. Equilíbrio, sensatez e diálogo para entendimentos na pauta de interesse do povo é o que a sociedade espera de nós. Trabalhando unidos conseguiremos contribuir para melhorar a qualidade de vida dos brasileiros, pela redução da desigualdade social e pela busca por prosperidade econômica”, discorrem. Jair Bolsonaro ainda é convidado para a próxima reunião do Fórum Nacional de Governadores.
Signatários
Assinaram a carta: Gladson Cameli (Progressistas), do Acre; Renan Filho, de Alagoas (MDB); Waldez Góes (PDT), do Amapá; Wilson Lima (PSC), do Amazonas; Rui Costa (PT), da Bahia; Camilo Santana (PT), do Ceará; Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal; Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo; Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão; Reinaldo Azambuja (PSDB), do Mato Grosso do Sul; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Helder Barbalho (MDB), do Pará; João Azevedo (Cidadania), da Paraíba; Paulo Câmara (PSB), de Pernambuco; Wellington Dias (PT), do Piauí; Wilson Witzel (PSC), do Rio de Janeiro; Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte; Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul; João Doria, (PSDB) de São Paulo; Belivaldo Chagas (PSD), do Sergipe.
Não assinaram
Assim como Mauro Carlesse, não assinaram a carta os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM); do Paraná, Ratinho Júnior (PSD); de Rondônia, Marcos Rocha (PSL); de Roraima, Antônio Denarium (PSL) e de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL).
Confira a íntegra da carta: