Mais alimento sendo produzido no campo e mais trabalhador rural amparado com políticas públicas que promovem a segurança alimentar das comunidades quilombolas, além da geração de emprego e renda. O deputado Paulo Mourão (PT), destinou uma emenda no valor de R$ 100 mil para implantação do projeto piloto no Tocantins. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) deu início ao Sisteminha Embrapa, através do projeto Prato Cheio.
O trabalho está sendo feito em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), nas comunidades Quilombolas, no município de Brejinho de Nazaré, há 92 km de Palmas. “Brejinho de Nazaré foi a cidade escolhida para dar o ponta pé no projeto piloto para a região”, declarou a coordenadora do projeto a analista de transferência de tecnologia da Embrapa Pesca e Aquicultura de Palmas, Marcela Mataveli. “O Sisteminha visa levar segurança alimentar e nutricional para as famílias quilombolas”, reforça.
Paulo Mourão, que é um defensor da agricultura familiar, entende que é preciso promover políticas públicas de apoio e amparo ao pequeno produtor, principalmente nas regiões mais carentes do Estado. “Esse importante projeto produtivo da Embrapa vai fazer com que as famílias possam ter ganhos significativos e condições necessárias de tirar da terra não só o seu alimento, mas também a sua sustentabilidade e principalmente sua emancipação”, observou.
O Sisteminha é uma tecnologia simples, que alia produção de proteína animal (geralmente peixe) com o uso de pequenas áreas por meio de cultivos como hortas, milho e verduras. Originalmente desenvolvida pela Embrapa Meio-Norte, que fica no Piauí, a tecnologia vem sendo implantada em diferentes regiões do país. Além de garantir o sustento próprio, o trabalhador rural poderá vender todo o excedente da produção.
Em Brejinho de Nazaré estão sendo implantados 20 sisteminhas, sendo 15 na comunidade Malhadinha e cinco na comunidade Córrego Fundo. A ideia é que o projeto contribua efetivamente para a melhoria da qualidade de vida dos quilombolas, por meio de uma alimentação mais rica, sobretudo do ponto de vista nutricional.
Segundo Marcela, a região sudeste do Estado também será beneficiada com o projeto na cidade de Almas, onde serão implantados sete Sisteminhas, sendo um no Colégio Agropecuário da cidade e seis nas comunidades Baião e Poço Dantas, sendo três em cada. A participação das comunidades de Almas é pelo interesse que demonstraram em trabalhar com piscicultura e por na região já haver o projeto Barraginhas, que capta água de chuva para recarregar o lençol freático. Os quilombolas que receberão os Sisteminhas foram escolhidos entre eles próprios, sem indicação externa da Embrapa ou do Ruraltins. (Com informações da assessoria de imprensa)