O Ministério Público do Tocantins (MPE) informa que instaurou nesta quinta-feira, 20, procedimento investigatório criminal para apurar possível crime de maus-tratos praticado contra um bezerro que teve seu rosto marcado a ferro quente com o número 22. A ação, que teria acontecido no Estado, viralizou nas redes e ganhou repercussão nacional nesta quinta-feira, 19. O caso também será investigado pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do Tocantins.
MARCAÇÃO NO FOCINHO COM O 22 DE BOLSONARO
No vídeo, uma médica veterinária pisa no focinho do bezerro e realiza a marcação a ferro quente, enquanto um homem segura o corpo do animal. A marca realizada consiste no número de urna do candidato à reeleição da presidência da República, Jair Bolsonaro (PL), e foi feita no momento em que tocava um jingle de apoio a esse político.
Veja a ação:
EXPLICAÇÃO
Em vídeo divulgados nas redes, a autora da ação, Fernanda Paula Kajozi, nega que tenha marcado o animal em apoio a Jair Bolsonaro, apesar de admitir apoiá-lo e a montagem trazer música da campanha do candidato à reeleição. “É porque você marca na cara do bezerro o ano, na paleta o mês, e na anca a propriedade. Eu apenas filmei o procedimento”, argumenta.
A explicação sobre o fato do 22 marcado no bezerro ngm quer compartilhar 🗣️ https://t.co/G4XlHllvM5 pic.twitter.com/0FCHj0K0Xk
— call me (@edraphal) October 19, 2022
DETENÇÃO DE ATÉ UM ANO MAIS MULTA
A investigação criminal foi instaurada pela 12ª Promotoria de Justiça de Araguaína, que atua na área de defesa do meio ambiente. O crime de praticar abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais é punível com pena de detenção de três meses a um ano, mais multa, conforme a Lei 9.605 de 1998.