O deputado federal Tiago Dimas (SD) partiu para a ofensiva contra o governo interino de Wanderlei Barbosa (sem partido) em discurso realizado na noite desta terça-feira, 22, na tribuna da Câmara. O parlamentar compara a atual gestão com a de Mauro Carlesse (PSL), afastado do Palácio Araguaia desde outubro do ano passado após a deflagração das operações Éris e Hygea. “As mesmas práticas levaram aos mesmos resultados, com cassação ou afastamento”, chegou a pontuar o congressista.
Abismado com aumento da folha em 50% em apenas 2 meses
Para questionar a gestão de Wanderlei Barbosa – que cita como sendo “fiel escudeiro” de Mauro Carlesse -, Tiago Dimas elenca uma série de notícias repercutidas pela imprensa. Segundo o parlamentar, a que mais o deixou “abismado” foi o aumento da folha salarial em 50% em apenas 2 meses, com pagamento de contratos e benefícios: de R$ 263,8 milhões em outubro para R$ 396,5 milhões em dezembro. “Um absurdo!”, completa. O congressista ainda fala da suspensão de edital de R$ 107 milhões sem licitação para a seleção de 6 mil jovens que atuariam no Poder Executivo. “As mesmas manchetes do passado, onde governadores foram afastados por conta de escândalos como estes. É exatamente o mesmo modus operandi”, afirmou.
Máquina sendo usado como objetivo de fazer campanha
Tiago Dimas ainda questiona os eventos realizados nos municípios pelo Poder Executivo que se assemelham a comícios. “A máquina vem sendo usada com o claro objetivo de fazer campanha e política de promoção pessoal. O Estado está cansado de ver isso acontecer”, afirmou. O tamanho do aparato que Wanderlei Barbosa leva para o interior também é alvo do congressista, citando aviões, funcionários, dezenas de veículos de segurança, dezenas de militares e até carro blindado. “Sinceramente eu não sei o porquê. Parece até que é para carregar ladrão”, emendou.
Dia e hora para acabar
Filho de Ronaldo Dimas, pré-candidato a governador pelo Podemos, o congressista encerra o discurso projetando que o fim destas práticas tem “dia e hora para acabar”. “As eleições estarão aí para que o Tocantins possa virar esta página. Não merecemos ver a estrutura do governo do Estado sendo usada como palanque político”, disse. O deputado ainda fala que está “se municiando” para “adotar as medidas possíveis” para que a prática não aconteça mais.
Confira o discurso do deputado: