Os arranjos políticos regionais não permitirão que, no Tocantins, partidos do chamado Centrão caminhem juntos com o PSDB, como ocorrerá no plano nacional. Na quinta-feira, 19, o bloco decidiu apoiar a candidatura a presidente do ex-governador paulista Geraldo Alckmin. Nas eleições tocantinenses, essas legendas devem se dispersar entre as quatro pré-candidaturas colocadas — Mauro Carlesse (PHS), Carlos Amastha (PSB), Márlon Reis (Rede) e César Simoni (PSL). Esta mesma configuração regional dispersa se repetirá em pelo menos quatro Estados: Goiás, Mato Grosso, Sergipe e Rio Grande do Sul.
No Congresso, o bloco é formado por PP, PR, PSD, PRB, PSC, PTB, Solidariedade (SD), PHS, Pros, PSL, Podemos, Patriotas e Avante. São partidos sem linha ideológica clara, mas que compartilham de valores conservadores. Em sua maioria, o grupo é composto por deputados do baixo clero. Para as eleições, o Centrão não terá o PSL, que lançará o deputado federal Jair Bolsonaro (RJ) à Presidência e, no Tocantins, César Simoni ao governo do Tocantins.
No Estado, o PSDB se aliou à pré-candidatura do ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB). Os tucanos comporão a majoritária com o senador Ataídes Oliveira à reeleição e o empresário gurupiense Oswaldo Stival Júnior na vaga de vice-governador.
A chapa de Amastha pode contar outro partido do Centrão, o PR, que é cotado para indicar a outra vaga de senador, com Vicentinho Alves, que também vai à reeleição. Ainda integram a pré-campanha do ex-prefeito da Capital outras duas siglas do bloco, o Podemos e o PTB.
PSD, PSC, SD, Pros, Patriota e Avante ainda estão sem rumo definido no Tocantins. Alguns negociam com Amastha e Carlesse, e outros também com Márlon.
O governador Mauro Carlesse é integrante de um partido do Centrão, o PHS. Com ele ainda estão PP, PRB e DEM. Os dois últimos devem compor a majoritária, com as vagas de senador para deputado federal César Halum (PRB) e para o ex-governador Siqueira Campos (DEM). Ainda discute-se a possibilidade de uma dessas vagas ao Senado ficar para ex-deputado federal Eduardo Gomes, também membro de outra sigla do Centrão, o Solidariedade.