O governador Mauro Carlesse (DEM) defendeu em Belém (PA), durante a primeira reunião com a comitiva de ministros do governo Jair Bolsonaro, que ou o País investe em educação ambiental das novas gerações, ou seguirá “gastando milhões no combate às queimadas”.
Interação inadequada
Em sua fala na discussão sobre o combate a queimadas, desmatamento ilegal e também sobre as alternativas de desenvolvimento sustentável na Amazônia Legal, Carlesse defendeu a educação ambiental para jovens e crianças como a principal alternativa visando à preservação das florestas e do cerrado no futuro. De acordo com o governador, a falta de conhecimento leva tanto os moradores da zona rural, como também o cidadão urbano, a interagir de forma inadequada com o meio em que vive.
Nova consciência coletiva
Para Carlesse, é preciso implantar uma política que eduque as novas gerações, criando uma consciência coletiva voltada à proteção da fauna e flora. “Ou fazemos isso, ou seguiremos gastando milhões no combate às queimadas e não vamos atingir um resultado positivo”, avisou.
Programa Pioneiros Pátria Amada
Como alternativa de conscientização das novas gerações, Carlesse apresentou aos demais governadores e ministros o programa Pioneiros Pátria Amada. Na proposta do governador tocantinense, inicialmente o programa deve atender cerca de 25 mil crianças nos 139 municípios do Estado. O objetivo é o complemento da atividade escolar, tendo como principal foco a educação ambiental e o ensinamento de práticas sustentáveis de manejo, formando “um cidadão consciente e ativo na preservação”. “Parte do Fundo da Amazônia pode ser utilizado diretamente para financiar esse programa, que poderá ser ampliado para os demais Estados”, propôs o governador, que também entregou cópia de seu projeto aos colegas chefes de Estados e ministros.
Desenvolvimento sustentável
Os governadores discutiram propostas para um plano de desenvolvimento sustentável da região. A reunião, em Belém (PA), deu seguimento ao encontro dos governadores com o presidente Jair Bolsonaro, na semana passada, em Brasília.
Demandas serão processadas
O líder da comitiva ministerial, Onyx Lorenzoni (Casa Civil), disse que na próxima semana todas as demandas apresentadas serão processadas, que vão desde questões que envolvem a regularização fundiária, passam pelo zoneamento econômico-ecológico, pelos serviços ambientais, pela economia verde, que é uma preocupação relevante. “Os ministros estão aqui, vão se preparar”, disse Onyx sobre a construção de um plano para a Amazônia. Na semana passada, Bolsonaro encarregou o ministro Onyx de dialogar com os governos estaduais e consolidar as demandas emergenciais e estruturais.
Governadores e ministros
Cinco ministros participaram da reunião de Belém: Onyx Lorenzoni (Casa Civil); Ricardo Salles (Meio Ambiente); Fernando Azevedo (Defesa); Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento); e Jorge Oliveira (Secretaria Geral da Presidência da República). Além do anfitrião Hélder Barbalho e de Carlesse, participaram os governadores de Mato Grosso, Mauro Mendes, do Amapá, Waldez Góes, que é presidente do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal; e o vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão. (Com informações da Secom Tocantins e Agência Brasil)