A intenção do ex-governador Marcelo Miranda de reassumir a presidência regional do MDB não vai vingar neste momento, garantem alguns dos principais neo-caciques do partido. Marcelo chegou a vir de Goiânia na quinta-feira, 2, quando às 17 horas reassumiria o comando da sigla, mas a posse acabou sendo cancelada.
Situação desconfortável
Nos bastidores do MDB, o que se diz é que houve movimentação no Tocantins e em Brasília para impedir a volta de Marcelo neste momento. Na avaliação de alguns neo-caciques, são dois os problemas da volta do presidente licenciado agora. O primeiro é por conta da repercussão disso nas campanhas dos pré-candidatos a prefeito da legenda, pela situação desconfortável do ex-governador, envolvido numa denúncia de corrupção que teria movimentado R$ 200 milhões e o próprio fato de Marcelo ter passado alguns meses presos. “Como colocá-lo num palanque de um de nossos candidatos?”, pergunta um importante neo-cacique.
Tumultuaria relação com Carlesse
Outro problema que apontam é que a volta do ex-governador à política poderia tumultuar a boa relação dos pré-candidatos do partido com o governo Mauro Carlesse (DEM), que vê Marcelo como adversário. “Essa volta agora é inoportuna e até poderia colocar o Palácio Araguaia mais fortemente nas campanhas municipais contra o MDB”, avalia outro neo-caciques emedebistas.
Só depois das eleições municipais
Por isso, eles afirmam que o deputado estadual Nilton Franco, cuja atuação nesse período de ausência de Marcelo elogiam, devem continuar como presidente em exercício até o final das eleições municipais, quando entendem que será o melhor momento para se discutir um possível retorno do ex-governador ao comando do MDB.