Com a aprovação de crédito extraordinário de R$ 26 milhões ao Paço – R$ 11 milhões destes virão das emendas parlamentares – para o combate ao Covid-19 em Palmas, os vereadores de oposição reforçam a cobrança da presença do secretário municipal da Saúde, Daniel Borini Zemuner, na Câmara para detalhar os gastos da gestão com despesas relacionadas ao novo coronavírus.
Forma diplomática ou convocação
De acordo com informações da própria Câmara, o secretário estaria recusando convites dos vereadores. Um dos maiores críticos da gestão, Milton Néris (PDT) já sugere convocá-lo. “Ou ele vem de forma diplomática ou será por meio de convocação, obrigado mesmo a vir. O Parlamento é responsável pelo debate e as soluções dos principais problemas desta cidade. Desta forma, o secretário deve, sim, dar satisfação ao povo”, disse na quinta-feira, 30, em sessão.
No Portal da Transparência
Líder do governo na Câmara, Laudecy Coimbra chegou a sugerir que colegas acessassem os gastos de combate à Covid-19 no Portal da Transparência. Milton Néris reagiu à proposta. “Queremos o secretário aqui para que ele preste as informações”, retrucou. Moisemar Marinho (PDT), Erivelton Santos (PV), Tiago Andrino (PSB) e Gerson Alves (PSL) também defenderam a presença de Daniel Zemuner na Casa de Leis.
Convocação por meio de comissão
Um requerimento pedindo a convocação de Daniel Zemuner já foi feito pelos vereadores e aguarda apreciação no Plenário. Entretanto, a oposição já estuda uma alternativa caso a situação se articule para barrar o chamado: convocá-lo pela Comissão de Finanças ou pela Frente Parlamentar para Enfrentamento ao Covid-19. A proposta foi feita por Erivelton Santos (PV)
Dados são públicos
No quadro Entrevista a Distância, Daniel Zemuner já havia rebatido críticas sobre os gastos da saúde feita por vereadores. “Todos os nossos dados são públicos. Estão na transparência e no Sicap do Tribunal de Contas. Tudo é auditado conforme a gente vai fazendo. É uma compra que dá para quatro meses. Não significa que comprei e já gastou”, rebateu o secretário.
Confira o trecho em que rebate críticas sobre gastos: